Nas margens do rio,
onde o tempo flui como
um murmúrio eterno
encontro-me em silêncio.
As águas refletem o céu,
e o céu reflete o infinito.
É aqui neste limiar entre
a realidade e o sonho
que me perco nas
profundezas do sublime.
Cada folha que cai das árvores
sussurra segredos ancestrais
e o vento, com sua voz suave
canta melodias cósmicas
que ecoam em meu ser.
Sinto-me transcendendo
as fronteiras do meu corpo
fundindo-me com a
natureza que me rodeia.
As montanhas majestosas,
erguendo-se em
reverência ao cosmos
parecem tocar o próprio céu.
E eu, humilde observadora
sinto-me como parte desse
grande espetáculo universal.
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Cléia Fialho