Vivo tentando apagar
o fogo que não tem fim,
o silêncio veio morar
no espaço que há em mim.
Perdemos tanto momento
sem o amor cultivar,
os sonhos viraram vento
sem tempo pra se abraçar.
Nas cinzas do que calamos,
suspira ainda a lembrança,
no canto onde nos buscamos
desenha-se a esperança.
Te escrevo entre as sombras,
nas trilhas do que se foi,
o vento levou as promessas,
mas algo em nós ainda dói.
Fomos, sem mapa ou direção,
dois barcos no mesmo mar,
navegando a solidão
sem coragem de ancorar.
Na maré do não falado
naufragamos, sem saber,
palavras ficaram caladas
com medo de doer.
Constelações desenhadas
com pedaços do que fomos,
são memórias empoeiradas
de beijos que não demos.
Fantasmas da nossa história,
de um amor que se apagou,
seguimos na trajetória
do “se” que não se concretou.
Mas no compasso do tempo
resta a canção do que era,
um "eu te amo" suspenso
no alvorecer da espera.
❦
Cléia Fialho
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