Na vertigem do amor,
me deixo girar em você —
lenta dança onde o tempo suspira,
onde tua pele é melodia que me guia.
Teu olhar, estrela em brasa,
me prende sem pressa,
e o mundo desaparece
no compasso dos teus lábios.
A lua nos assiste, cúmplice,
enquanto tua mão encontra a minha cintura
e, no toque, se acende
o silêncio da promessa não dita.
Não há chão —
somos vento e pele,
um rodopio de vontades
em noite morna, insaciável.
Teu sorriso, flor que se abre
no exato instante do arrepio,
me ensina a amar dançando,
sem rumo, sem razão — apenas sentir.
E seguimos,
onde os corpos se entendem
melhor que as palavras,
no giro secreto da paixão.
Nota da Autora:
Uma poesia que celebra a beleza do romance e a conexão profunda entre dois corações.
Inspirada na tradição das cirandas, a obra evoca uma dança suave e envolvente, onde o amor guia os passos e ilumina o caminho.
Com versos que fluem como uma melodia, a poesia explora o encantamento de estar apaixonado, comparando o amor ao brilho da lua e ao ritmo de uma dança eterna.
Cada estrofe convida o leitor a se deixar levar pelo compasso do coração, onde os sentimentos se entrelaçam em uma ciranda contínua de afeto e sonho.
É uma celebração da alegria e da magia que o amor traz, lembrando-nos de que, quando dançamos ao ritmo do amor, nunca queremos que a música pare.
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Cléia Fialho