
À beira do rio, onde a luz se derrama,
teu olhar acende a margem do instante.
A dança não começa nos pés,
mas no arrepio que atravessa a pele.
Os corpos se buscam —
sem pressa,
mas com a urgência de quem já sabe
o gosto do destino.
A brisa levanta o lençol
como se desnudasse o tempo,
e nele,
passado e presente se tocam,
como nossas bocas,
lentas, certas, famintas.
Giramos no fogo calmo do querer,
onde o fetiche é semente
e o prazer, flor aberta no meio do dia.
O mundo lá fora desbota —
só nós existimos
neste rito antigo de amar
com todos os sentidos
à flor do agora.
E se o amor é fome,
a gente se devora
num eterno começar.
❦
Cléia Fialho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
🐾 OBRIGADA PELA SUA PRESENÇA
🐾 É SEMPRE MUITO BOM TER VOCÊ AQUI
🐾 FIQUE À VONTADE PARA COMENTAR OU FAZER UMA INTERAÇÃO NAS POESIAS
🐾 SERÁ UM IMENSO PRAZER COLOCÁ-LA JUNTO À MINHA
🐾 VOLTE SEMPRE!
Leituras e orgasmos
Versos e espasmos...
Letras e entusiasmos
O desejo libero...
Isso é o que eu quero
Seu prazer é que espero!
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾