Entre espasmos, violento
Embriagam-se de ardor
Na dança do puro amor
Corpos vão no seu intento.
Em êxtase, os sentidos
Velejam mares sem fim
Onde o mundo se faz assim
Por desejos incendidos.
Na alcova, entregues ao ar
Cúmplices dessa chama
Doce é o pecado que amar.
E no silêncio a brilhar
O amor se faz tão profundo
Que nele se esconde o mundo.
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Cléia Fialho
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