A natureza não fala,
mas canta —
em cada folha que dança ao vento,
em cada nascente que brota
como lágrima feliz do chão.
O céu se deita sobre os campos
como um amante calmo,
pintando com luz
o silêncio da manhã.
Há uma doçura antiga no perfume da terra molhada,
um segredo sussurrado nas raízes,
que cresce em flor,
em fruto,
em vida.
As árvores têm memória,
guardam histórias nos anéis do tempo,
e os pássaros — ah, os pássaros! —
são versos que voam,
entre o início e o fim do dia.
Tudo pulsa em harmonia,
mesmo na fúria da tempestade.
A natureza não julga,
ela apenas é —
plena,
livre,
eterna em seu ciclo.
Quem escuta com o coração
sente a alma descalça,
correndo nos campos
de volta ao início do mundo.
Nota da Autora:
Uma poesia que celebra a harmonia e a beleza do mundo natural.
Inspirada pela dança circular das cirandas, a obra convida o leitor a se conectar com o ciclo das estações e a encontrar alegria nas pequenas maravilhas que a natureza oferece.
Com versos que evocam imagens de flores, árvores, rios e estrelas, a poesia desenha um quadro vivo e encantador da natureza em movimento.
Cada estrofe captura a dança eterna do ambiente, onde o sol, o vento, e até o canto dos pássaros se unem em uma celebração constante da vida.
Convido para nos unirmos a essa dança mágica, reconhecendo a beleza e a serenidade que a natureza nos proporciona.
A poesia reflete o desejo de viver em sintonia com o mundo ao nosso redor, celebrando cada momento como parte de um ciclo maior e mais harmonioso.
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Cléia Fialho