MARÉ DE SILÊNCIO

Teu pranto ficou nas marés,

nas conchas que choram marinho,

e o vento, em sussurro sozinho,

me conta os adeuses em rés.

Foste vela em meu cais de fé,

foste cais em minha procura,

mas a dor, essa criatura,

me amarrou num nó sem pé.

Agora, no breu que se enlaça,

sou sombra do que não volta,

sou cais de partida sem rota,

sou lamento que o tempo abraça.

E se o sal que em mim se enlaça

queima a lembrança do abraço,

é porque, no fundo do espaço,

teu amor virou fumaça.

Mas ainda, mesmo no fim,

quando o peito quase cansa,

resta um fio de esperança

flutuando dentro de mim.

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Cléia Fialho

FAÇO ARTE

Acertando e errando

 Foi que te encontrei

 Em seus braços

 E os amassos

 Eu me apaixonei

 Agora sou parte

 Em seu amor faço arte

 Uma doce entrega

 Que tanto me integra.

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Cléia Fialho

DESVENDA-ME EM ÊXTASE

Quero você abrasado e ardente

Pedindo mais, sedento de prazer

Teu corpo anseia o meu, impaciente

No coito voluptuoso do querer.

 

Desvenda-me em êxtase lentamente

Desliza pelas curvas do meu ser

Sente meus gemidos, veemente

E o tesão nos faz enlouquecer.

 

As mãos percorrendo cada recanto

Explorando meus segredos sem pudor

Num jogo de desejos, sem quebranto.

 

Numa entrega plena, fâneros e calor

E por fim, extasiados, lado a lado

Somos explosão de gozo desvairado.

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Cléia Fialho

DESPEDIDA DOURADA

O verão se despede em luz serena,

com seus dias de sol e céu aberto,

o canto do calor ainda está perto,

mas já sopra o frescor da brisa amena.

Folhas dançam num tom de cor terrena,

como um suspiro outonal desperto,

trazendo ao coração um tempo incerto,

de calma, de saudade e vida plena.

A luz dourada aos poucos se despede,

nos galhos, o silêncio se derrama,

e a tarde se recolhe no balanço rede.

No chão, a folha escreve o que se ama:

É um ciclo que termina, outro sucede,

Num tempo que sussurra e outro clama.

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Cléia Fialho

DESEJOS PROFUNDOS

Desejos profundos que queimam em meu ser

Incendeiam minha'lma a cada amanhecer.

Ardo em chamas intensas, sem poder conter

A paixão que me consome e me faz renascer.

 

Desejo a doce brisa de um amor ardente

Me envolve por completo e me deixa contente.

Quero sentir o calor dos seus beijos doces

E mergulhar em suas meias-palavras agridoces.

 

Desejo a felicidade em todas as suas formas

Me preencha de alegria sem horas e normas.

Anseio pelo sucesso em cada passo que daremos

E pela realização de todos os sonhos que veremos.

 

Desejo o discernimento e a compreensão

Em um mundo onde reinem a paz e a união.

Que todos nossos desejos sejam realizados,

E que juntos possamos viver assim abastados.

 

Que esses desejos que queimam em meu peito

Possam se transformar em realidade perfeito.

E que a chama que arde dentro de mim

Seja alimentada por sorrisos sem fim.

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Cléia Fialho

TEU CORPO CÁLIDO

Do teu corpo cálido desprende

Um perfume sedutor e viciante

Que vai envolvendo e me prende

Me faz te querer a todo instante.

 

Teus lábios macios, olhar ardente

Teu toque suave, jeito envolvente

Me faz perder a razão e a mente

Me seduz ao prazer loucamente.

 

Teu corpo é um templo à explorar

Cada curva e detalhe, todo sabor

Me dou, sem medo de me entregar.

 

Do teu corpo cálido e abrupto calor

Um fogo ardente que me consome

Onde bebo, e sacio a minha fome.

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Cléia Fialho

A BRISA DO MEU VENTRE

Teu toque acende a brisa do meu ventre,
sussurro doce em fogo incandescente.

Nos olhos teus, mergulho sem saída,
é mar de desejo, vertigem vivida.

O beijo é chama que no tempo insiste,
perfume e pele — o prazer que persiste.

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Cléia Fialho

O Experimental Disdualrimas

é uma criação da Poetisa Lia Fátima

SOB A LUA DO LUAR

Te amar sob a lua do luar é uma delícia

Deixando que os corpos se redam à paixão

Que os beijos sejam como uma canção

E a noite se eternize em nossa preguiça.

 

Que as estrelas sejam testemunhas mudas

De cada olhar que entre lábios escorre amor

Que os corpos se entrelacem sem pudor

E as volúpias cresçam intensamente sisudas.

 

Te amar sob a lua do luar é o desejo

Que invade a alma e toma conta do ser

É o sentimento extasiante que versejo.

 

E quando a noite findar e o sol nascer

Sentiremos a completude em nosso peito

Sob a lua do luar, o amor se fez perfeito.

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Cléia Fialho

FANTASIA TRESLOUCA

Aguça-me a fantasia treslouca

 toca sua língua em meus desejos

 morda-me a sedenta boca

 esquenta-me a pele com beijos.

 Tomado de loucura e paixão

 quero que adentres o meu ser

 ânsia deleitosa de pura emoção

 possua-me com imenso prazer

 meus labirintos até se perder...

 Derrame e transborde em mim

 luxúrias, lascívias e amor

 seu orgasmo feito festim

 escraviza-me ao delicioso torpor.

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Cléia Fialho

 

Linda interação do Amigo Poeta DUlCE

Eu viajo pelos seus labirintos secretos,

deslizo profundamente neles

para descobrir seus desejos obscuros

e possuo você intensamente,

submeto você aos meus prazeres,

escravizo você à minha vontade

e você se derrama complacentemente.

🌸 GRATIDÃO 🌸

Seu blog

• El dulce susurro de las palabras
• 

ENTRETONS DE AMOR

Primavera, o amor floresce em cores mil

Botões desabrocham, o coração se abre

Nas margens do riacho, um beijo sutil

Na suave brisa, a doce alma já se cabe.

 

Natureza, em festa, anuncia o sentimento

Nas árvores, o gorjear dos pássaros é canção

No jardim, o perfume é como juramento

Do romance ser eternal, sem hesitação.

 

Os campos pintam um verde renascido

Entretons de amor são fortalecidos

Assim como o afeto, tão intenso e forte.

 

Cada pétala, um elo, um laço, uma sorte

Que a primavera sempre traga esse calor

Que paz floresça, eviterna em seu fulgor.

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Cléia Fialho

FOGO DA PAIXÃO

Lábios se encontram, num beijo profundo

Na penumbra do quarto, a cama convida

O fogo da paixão se acende mais fecundo

São dois felinos famintos, buscando a vida.

 

Carícias sensuais percorrem a pele sedosa

Os corpos se entregam aos prazeres vadios

Urros ressoam na incandescência cheirosa

Cada movimento provoca intensos arrepios.

 

Corpos se entrelaçam, num ritmo alucinante

Um ballet de luxúria, em cadência desenfreada

A paixão se expande, invadindo cada instante

A química em chamas, numa noite enluarada.

 

As horas vão passando, mas o deleite persiste

Em meio a sussurros roucos, o prazer insiste

Até que, finalmente, todo o êxtase se culmina

Num momento de gozo, que essência fascina.

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Cléia Fialho