Passos lentos, olhares no ar,
dedos trêmulos a se encantar.
Ousam cair em bocas a investigar,
na dança de desejo a se entregar.
Cada vértice a se contrair,
os olhos já sabem o que vão sentir.
A emboscada os espera, sem fugir,
na noite que começa a se expandir.
Sem dúvidas, o prazer vai chegar,
com língua e saliva a se entrelaçar.
Rumores na raiz vão se acentuar,
nos quadris a paixão vai entrar.
A noite invade o crepúsculo sem pressa,
escovando as paredes, a umidade expressa.
Brilhante na luz que em tudo se confessa,
eles giram e se enredam na promessa.
Revoltosos, possuídos no ardor,
em cada poro, um novo amor.
Fluídos viram oceanos em clamor,
gemidos que causam tempestade, um fervor.
E lentamente, eles começam a morrer,
murmúrios e gritos a os fazer estremecer.
A cimeira atrasada a se esconder,
mascarados, penetrando na alma, a arder.
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Cléia Fialho
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