Teu pranto ficou nas marés,
nas conchas que choram marinho,
e o vento, em sussurro sozinho,
me conta os adeuses em rés.
Foste vela em meu cais de fé,
foste cais em minha procura,
mas a dor, essa criatura,
me amarrou num nó sem pé.
Agora, no breu que se enlaça,
sou sombra do que não volta,
sou cais de partida sem rota,
sou lamento que o tempo abraça.
E se o sal que em mim se enlaça
queima a lembrança do abraço,
é porque, no fundo do espaço,
teu amor virou fumaça.
Mas ainda, mesmo no fim,
quando o peito quase cansa,
resta um fio de esperança
flutuando dentro de mim.
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Cléia Fialho
Un senso di profonda malinconia d'amore, in questi bei versi, che emozionano nella loro densa lettura.
ResponderExcluirBuona serata poetessa
Tan melancólico y dulce poema. Uno no pierda la esperanza. Te mando un beso.
ResponderExcluirMuy sentido y bonito poema.
ResponderExcluirMais beijos doces.
Una poesía que me resulta triste como aquellas despedidas al ser amado que se adentra en la mar por cualquier motivo.
ResponderExcluirSaludos.