O verão se despede em luz serena,
com seus dias de sol e céu aberto,
o canto do calor ainda está perto,
mas já sopra o frescor da brisa amena.
Folhas dançam num tom de cor terrena,
como um suspiro outonal desperto,
trazendo ao coração um tempo incerto,
de calma, de saudade e vida plena.
A luz dourada aos poucos se despede,
nos galhos, o silêncio se derrama,
e a tarde se recolhe no balanço rede.
No chão, a folha escreve o que se ama:
É um ciclo que termina, outro sucede,
Num tempo que sussurra e outro clama.
❦
Cléia Fialho