❦ ❦ ... AH ... MAS E SE EU FOSSE FALAR EM POESIAS ... E EM TODAS AS MINHAS VONTADES ... "AFRODITE" NEM EXISTIRIA ... E "KAMA SUTRA" SERIA BOBAGEM ... ❦ ❦

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sábado, 31 de maio de 2025

ATMOSFERA MÍSTICA




Versos livres se propagam em meu peito
como atmosfera dramática e mística.
Sou templo,
sou oferenda,
sou cálice que te espera cheio.
A cada toque,
um rito me consume.
Teu hálito queima minhas preces
e faz do meu corpo
uma catedral ardente.
Goza-me,
como quem reza o fim do mundo.



Cléia Fialho


sexta-feira, 30 de maio de 2025

OFÍCIO DE MULHER





Sou feita de desejo antigo,
matéria sonhada nas mãos do tempo —
sou mulher,
e dentro de mim repousa
uma oficina de mundos,
onde cada suspiro pode virar aurora.

Habito curvas
que desenham mapas sem nome,
e quem por mim passa,
caminhante ou sonho,
descobre terras onde a alma se desnuda.
E eu, menina escondida na pele da mulher,
brinco de ser o que ainda pulsa no impossível.

Há um peito que acolhe,
há perfume que não se explica —
sou pouso e vertigem,
sou casa e tempestade.
Perfeita? Não.
Mas inteira naquilo que ofereço sem promessas.

Quando o outono chega,
danço sobre folhas secas,
e na primavera,
fujo das flores,
procuro a tristeza
como quem busca uma irmã
nos silêncios da estação.

Sou mulher.
E isso basta
para que o mundo, se quiser,
nasça outra vez
em minha carne sonhadora.



Cléia Fialho

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quarta-feira, 28 de maio de 2025

BEM MELHOR QUE SOZINHA 2




E adoro me perder e me achar 
em teus beijos, em teu corpo,
Ouvir os teus gemidos...
Os teus uis e ais
Deixam-me mais fogosa
Ainda mais tarada.
Mesmo com a neblina lá fora.

Vejo teu olhar doce, meigo
Se transformar em profano
principalmente quando sussurra 
Em meu ouvido implorando
A gozar cada vez mais e
A cada delírio sexual teu
Eu me realizo e gozo   — 
delinquentemente.
JG


Tua língua em minha pele
É loucura que incendeia,
Me aperta contra seu peito
Como fera em noite cheia.
Tua boca diz meu nome
Com sabor de tentação,
Mesmo com chuva no chão.

Teu toque é tão indecente
Que me arranca o juízo.
Teu corpo entrelaçado ao meu
É meu vício, meu paraíso.
E se pedes mais e mais
Em gemidos tão vorazes,
Me entrego sem hesitar — 
mil vezes, mil fases.
CF



Cléia Fialho & Julia Guedes (Jujulia)
    Linda interação do Amigo Poeta DUlCE

    O desejo é impaciente,
    clama ardentemente para ser saciado,
    a carne se ergue ereta
    entre os corpos rendidos.
    Feroz é aquele que subjuga
    prazeres proibidos,
    ela queima ao som da minha língua
    e você cavalga chicoteado
    pela minha masculinidade.
    Entrelaçados numa dança indecente,
    que nos tira o fôlego.

    🌸 GRATIDÃO 🌸

    Seu blog

A TAURINA




Ainda pulsa o cheiro denso da taurina,
um resquício — quente, firme — no ar espesso.
Ele insiste, murmura, quase sussurra: houve, sim,
do verbo que sustenta o existir — algo que ardeu,
mesmo que o mundo não tenha lido na manchete.

O sol já rasgou as nuvens, abrindo clareira,
mas não encerra a história que ficou suspensa,
um tempo entre o ser e o querer, o quase, o talvez.
Não foi amor grafado à canivete na goiabeira,
nem paixão de pombos jovens a se enfeitar no galho.

Houve um fogo oculto — desejo que atravessou a carne,
entre dentes e veias, a marca silenciosa da alquimia,
um canal secreto onde se desvelam segredos e medos.
O beijo que chegou sem aviso, como quem rouba a noite,
ficou ali, imóvel, pairando — beija-flor no ar rarefeito.

Ele sonha com o penúltimo encontro,
mais verdadeiro que o último adeus.
E ela, taurina, entre blusa lisa e saia que dança,
máscara e jaleco, touca que encobre o riso,
esconde a natureza selvagem no alçapão do desejo.

Houve, sim, sempre houve,
o que ninguém disse em voz alta,
mas que o silêncio grita,
e o tempo guarda — fiel, inquieto —
como um segredo dourado na penumbra.




Cléia Fialho

Poesia inspirada no conto "A taurina"
do amigo poeta/escritor José Carlos Sant Anna

Seu blog

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VÍCIO DO INVISÍVEL



Tua ausência me percorre —
como vento antigo que conhece minha pele
melhor que meus próprios dedos.

O ar tem gosto de lembrança.
Há perfumes que sussurram morte,
mas é tua ausência que mais fere.

As sombras que já foram tuas
caminham trêmulas,
sem corpo, sem voz —
apenas silêncio se arrastando nos cantos.

Dentro de mim,
galáxias giram como espasmos,
e o desejo, em colisão,
se despedaça em pedras invisíveis.

Quantos toques seriam precisos
para cobrir esse vácuo?
Quantas bocas desfariam o gosto da tua?

Borboletas estremecem no ventre,
em cãibras de espera.
Cada poro te invoca.
A memória, insubmissa,
carrega teus olhos como relíquias sagradas.

Um suor, frio como ausência,
desce pela espinha —
me empurra, sem piedade,
ao abismo de um mundo sem ti.

Tento me agarrar ao que resta,
mas tudo é liso, escuro,
e minhas mãos
não sabem mais onde encontrar calor.

Neste espaço sem alma,
só restou o eco:

sou viciada
em tudo o que você foi

e ainda arde
em mim.




Cléia Fialho

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domingo, 25 de maio de 2025

BEM MELHOR QUE SOZINHA




Dias de frio,
Momentos de hibernar...
De refletir...
Instantes de pausa pra
Pra trazer o fogo pra sua vida.
Precisamos de calor e 
as noites de frio, nos mostra
Que viver e somar a dois
É melhor que viver sozinho.
JG

Teu olhar acende alvoradas,
Mesmo quando a tarde se veste de neblina.
Há um lume no toque leve,
Que reacende mundos dentro da pele.
Nos silêncios que a alma murmura,
Me encontro inteira no teu abrigo.
Pois amar é aquecer os vazios
Com a ternura que dança no invisível.
CF



Cléia Fialho & Julia Guedes (Jujulia)

 

Linda interação do Amigo Poeta DUlCE

O frio se dissipa
no calor dos corpos dançando entre
prazeres
proibidos, multiplicados
pelo toque da pele.


🌸 GRATIDÃO 🌸

Seu blog

sábado, 24 de maio de 2025

DOCE TENTAÇÃO, ETERNA LEMBRANÇA



Eis que a aurora me fere com sua luz sem piedade,
desfaz os véus da noite
e leva contigo os sonhos —
tão breves, tão intensos —
como bruma que o vento desfaz.

Ficas, porém, gravada em mim,
na pele da alma,
onde o desejo deixou cicatriz —
doce e pungente,
prazer que também doeu.
Amor que não se apaga.

Oculto entre silêncios,
te guardo, pecado sagrado,
memória de um instante encantado
que o tempo, caprichoso, não pôde manter.

Mesmo longe,
a tentação persiste,
arde tênue e viva em meu ser,
como chama que não se entrega ao fim.

E então, em palavras,
selos de eternidade,
escrevo-te.
Não para possuir-te,
mas para que nunca morras.

Doce tentação…
és agora verso,
glória suspensa no ar,
lembrança invencível
de um amor
que a vida negou,
mas a poesia consagrou.




Cléia Fialho

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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

PINTURA DO TEMPO




Tempo se dobra
círculos de luz e sombra
pedaços de dia em pedaços de noite.

Relógios derretendo
segundos se esfacelam
números em fragmentos.

Horas se cruzam
linhas que se encontram
em ângulos cortantes.

Momentos
pinceladas rápidas
e o tempo, um quadro distorcido.

Ontem se funde com hoje
dias em camadas
mãos que tocam relógios invisíveis.

Tempo se dobra
pintura do instante.




Nota da autora:
Neste poema, tentei capturar a ideia de tempo como uma construção fragmentada e distorcida, refletindo a maneira como o cubismo representa a realidade em múltiplas perspectivas. 



Cléia Fialho

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domingo, 14 de agosto de 2022

PAISAGEM FRAGMENTADA




Montanhas
em linhas quebradas
vértices e ângulos
no horizonte.

Nuvens
se desintegram
em partículas de branco e cinza
no céu em colagem.

Rios serpenteiam
em caminhos tortuosos
cortando
pedaços de terra.

Árvores
em silhuetas
distorcidas
folhas em fragmentos.

A paisagem se desconstrói
camadas sobrepostas
natureza em múltiplas facetas
visões do mesmo mundo.

Fragmentos de beleza
em um quadro em movimento.




Nota da autora:
Nesta poesia, a paisagem é representada de maneira fragmentada e multifacetada, refletindo a abordagem cubista de capturar a complexidade e a diversidade de uma visão. 



Cléia Fialho

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

FRAGMENTOS DE CIDADE




Cidade, cidade, cidades
ruas cortam
cantos perdidos.

Noite de vidro
**luzes em **
estilhaços de som.

Janelas
quebram o tempo
reflexos múltiplos
vozes sobrepostas.

Pessoas, passos, passos
entrelaçados
em um emaranhado de
sinais, sinais, sinais.

Sombras passam
rasgos de cor
murmúrios de
aço e pedra.

Cidade, cidade
fragmentos de sonho.




Nota da autora:
Nesta poesia, tentei capturar a ideia de múltiplas perspectivas e a fragmentação da experiência urbana, representando a cidade e suas complexidades de maneira não linear e abstrata. 



Cléia Fialho

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