Repouso o corpo, suado e cansado
No teu abraço, quente e molhado
Deito-me em tua doce fadiga
Após o amor, que em nós se abriga.
Os desejos todos fomos saciar
Prazeres plenos, a nos embriagar
No gozo único, nossa resposta
Volúpia intensa que o peito encosta.
Silêncio de gemidos, suspiros calados
Corpos ardentes, enfim sossegados
Frenesi que aos poucos se desfaz
Num doce repouso que traz a paz.
Sublime instante de puro anseio
Onde perdidos em nosso devaneio
Tornamo-nos um, na mesma emoção
Vibrando em prazeres, de tanto tesão.
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Cléia Fialho