Num mundo onde o céu é feito de relógios derretidos
e os pássaros dançam ao som do silêncio,
perco-me nas sombras do meu próprio pensamento.
As árvores têm raízes que se estendem
até o centro do universo,
e os rios fluem em direção ao desconhecido.
Caminho por ruas que se torcem
e se contorcem como serpentes de vidro,
enquanto o sol se desfaz em poeira de estrelas douradas.
As casas têm janelas que piscam como olhos curiosos,
observando-me com uma curiosidade inquietante.
Neste mundo de sonhos e absurdos,
as palavras dançam no ar
como borboletas multicoloridas,
e os pensamentos flutuam
como bolhas de sabão em uma corrente invisível.
O tempo é uma ilusão,
e a realidade se desfaz em fragmentos surreais.
Neste reino da imaginação,
sou uma viajante solitária,
explorando os recantos mais profundos da mente.
Não há limites, não há fronteiras,
apenas a liberdade de criar
e destruir mundos com o traço da caneta.
E assim, mergulho nas profundezas do absurdo,
onde a realidade e o sonho se entrelaçam
em uma dança misteriosa e encantadora,
e onde cada palavra é uma porta
para um universo inexplorado.
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Cléia Fialho
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