Se tua paixão é rio que ruge, sem freio,
sou a margem que sonha em conter tal delírio.
Mas cedo, me entrego ao fervor desse anseio,
sou fogo que dança no mesmo martírio.
És mar que arrasta, furor que consome,
eu sou veleiro de alma rendida,
no teu rugido meu nome se some,
mas me reencontro no sopro da vida.
Se és centelha que o céu desafia,
sou brasa encantada em teu redemoinho.
Tua tormenta é também poesia,
que escreve em mim seu verso sozinho.
Paixão que devora, mas nunca destrói,
em teu furor, sou flor que floresce.
Mesmo que o mundo em cinzas me ponha,
teu beijo me rega, teu corpo me aquece.
E assim nos cruzamos: meteoro e planeta,
tua órbita louca, meu chão a girar.
Indomável és tu — mas em mim te completa
o desejo sereno de te amar, sem domar.
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Cléia Fialho
Como nos muestras cuando dos personas chocan tal cual meteorito y planeta el resultado puede ser tan ardiente y sensual como nos muestras.
ResponderExcluirSaludos.
Un connubio intenso, nel desiderio di aprirsi completamente all'amore, che sgorga con intensità, in una passione sfrenata, da vivere attimo per attimo.
ResponderExcluirUn sorriso poetessa
Cléia, que delicia ler isso. Suas palavras são como um turbilhão de emoções que nos arrastam em uma dança intensa e apaixonante. Cada verso é uma explosão de sentimentos profundos e contraditórios: a entrega, o furor, a entrega ao próprio destino.
ResponderExcluirÉ como se a paixão fosse uma força da natureza, poderosa e incontrolável, e você a descreve de forma tão envolvente que não há como não se deixar levar por esse redemoinho de desejo e entrega. Seu poema tem a beleza de uma tempestade que, mesmo devastadora, cria espaço para o florescimento e para a renovação.
É impossível não se perder e se encontrar nas suas palavras. É pura poesia viva.
Abração, leoa!
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2025/04/as-pedras-no-rio.html