Meu discernimento desconhece o juízo.
Minha sensatez ignora as éticas.
Minha lucidez renuncia aos padrões.
Sou 100% demente.
Alienada à falsa moralidade.
Abaixo do umbigo, mistério guardado
Como o bom vinho, um néctar sagrado
Seduz e envolve, num doce pecado.
É chama que arde, convite ao prazer
Como um gole quente, a estremecer
Deixando na pele o fogo a correr.
No encanto, no corpo, a paixão
Ambos despertam desejo e emoção
Levando os sentidos à imensidão.
Cada gota, toque, sonho, um brio
Onde se perde, onde há arrepio
E o mundo se torna puro delírio