No éter dos desejos, nossos corpos, o encaixo
Pintados por luas em tons de prata e fogo afora
Céus noturnos sussurram, os ventos falam baixo
Enquanto o desejo ardente queimando nos devora.
Mistério profundo que a mente tenta envolver
Como o oceano vasto, além do olhar podemos ver
Na quietude do coração, o universo se manifesta
E a poesia d'alma, na transcendência faz festa.
À medida que o véu se dissolve, o eu se expande
E nas fronteiras do ser, o infinito que é grande
No versejar dos corpos, encontramos a chave
Para desvendar os enigmas além do que se sabe.
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Cléia Fialho