No rítmo dos versos, a libertinagem se desfreia
Explorando os desejos que o corpo anseia.
Em palavras sensuais, o cerne se desnuda
Excogitando sobre si numa entrega absurda.
As rimas se intricam, num jogo de sedução
Desvendando segredos com louca emoção.
A métrica se rende aos suspiros do prazer
Enquanto a libidinagem se rende sem temer.
Metáforas flamejantes incendeiam a pele
A linguagem aquece, e a volúpia se compele.
Todo cenário possuído por cálido tesão
A lubricidade livre celebra a própria efusão.
E assim, na obscenidade solta e liberta
A voluptuosidade nos envolve e desperta.
Desnudando-se nas linhas, sem medo de ser
A luxúria se descativa, a nos enlouquecer.
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Cléia Fialho
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