Traz teus versos mais ardentes
Tua inspiração mais aflorada
Mistura nos meus incandescentes
Ébrios de poesia sob a lua prateada
.
Entrego-te as minhas poesias
Boemias mescladas com as suas
Viço transcritos em ousadias
Dádiva de mente e pele nuas
.
Recebo jubiloso com incontida avidez
Teus versos despidos de pejo
Rabisco os meus em tua ávida nudez
Rebuscados num colar de beijo
.
Entre nós se desfez as estremas
Senti suas mãos em minha ilharga
Desejo saborear os seus floemas
Licor agridoce, que seduz, embriaga
.
Os versos nos unem e o desejo pune
Pela distância que nos separa
Mas o poema fortemente une
Como se lhe tocasse com tesa vara
.
A distância nos impede por ora
Uni e puni nesse doce absinto
O tesão vigora vem e aflora
Imaginando, eu quase te sinto
.
O teu sentir me faz vibrar
A fantasia se faz intensa
Faz a boca salivar
E a vontade mais propensa
.
Sinta-me nas entrelinhas
Saboreie o meu manjar
Una sua gala com a minha
Nesse reentrante gozar
.
Um calor... um tesão latejado
Parece que inalo tua feminilidade
Tua ilharga branca invado
Corcel negro em tesa virilidade
.
Em uma flama de latejos
Ardentes trocas de carícias
Na supremacia dos desejos
Dei a ti as minhas primícias
.
Em suas entrelinhas me alinho
Me aconchego nos teus desvãos
Sinta meu ardoroso carinho
Nesses versos à quatro mãos!
❦
Cléia Fialho & Marbozamarco
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