Te devoro na febre dos meus anseios,
te prendo em minhas garras de desejo,
desvendo teus mistérios em lampejos,
te arranco sussurros, delírios, receios.
Te possuo no ímpeto da fome ardente,
onde o instinto é rei, o tempo se esvai,
e o mundo lá fora, distante, se trai,
pois só tu importas, meu vício latente.
Te respiro em cada pausa febril,
onde o gemido se funde ao olhar,
e o teu corpo implora, pede mais, mil...
Mil formas de amar, de me entregar,
pois se te devoras com fogo viril,
eu te possuo até te transbordar.
❦
Cléia Fialho