OUTONO II

  O- vento frio sopra, e as folhas caindo tecem

  U-m novo ciclo de vida começa a se renovar

  T-ardes quentes se vão a e as aves não esquecem

  O- tempo vaidoso se transverte sem estagnar

  N-as ruas as vaidosas árvores se despem

  O-cre, amarelo e entretons sigelos a decorar.

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Cléia Fialho

LATEJA DENTRO DE MIM

Seduzo-te no arrepio da pele,

 induzo a sua imaginação,

 conduzo o seu sexo,

 ao convexo da minha paixão.

 Sou o agasalho do seu corpo,

 submissa eu domino-te,

 abrigo cada veia que pulsa em você,

 que lateja dentro dentro de mim,

 e só assim das entranhas do meu ser.

 Nascem inspirações escritas,

 gemidos e sensações não ditas,

 caladas no céu da sua boca,

 ousando desvendar-te,

 e revela-me em poesias loucas.

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Cléia Fialho

A ESSÊNCIA DO SEU PRAZER

 

No íntimo dos meus lábios,

 os seus beijos,

 sabor silvestre provocando-me desejos.

 No orvalho da minha língua,

 a sua saliva,

 gostosa e combativa.

 No arrepios da minha pele,

 o seu toque quente,

 ousado e ardente.

 No ardor do meu corpo,

 a sua marca,

 que lascivamente encharca.

 No imo do meu ser,

 a essência do seu prazer,

 derramada em sólidas partículas,

 incandescentes gotículas,

 da sua virilidade.

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Cléia Fialho

DEGUSTAR O SEU SABOR

 

Gosto de inalar o seu cheiro

 impregnado em minha pele...

 Degustar o seu sabor

 ardente em meus lábios...

 Inundar-me do seu amor

 desaguado em meu interior.

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Cléia Fialho

LATENTE EM MIM

 

Momentaneamente tenho-te

 permanentemente quero-te

 em uma louca sensação.

Involuntária perdição

 queria parar o tempo

 e tornar infinito o momento.

Em que a sua presença

Permanece latente em mim.

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Cléia Fialho

ESPINHO QUE CONSOME

Relembro agora os dias de primavera
Quando em seus braços encontrei calor
O sorriso que em teu rosto se fazia sincero
E o amor que florescia, como bela flor.

Mas como a brisa que sopra e logo some
O tempo cruel nos separou, levou-te embora
E a saudade, como um eco, hoje ressoa
Nas entranhas do peito, espinho que consome.

Ah, musa amarga, inspiração saudosa
Teço versos que se misturam com a dor
No cenário bucólico da memória preciosa
Onde a saudade se deita, eterno clamor.

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Cléia Fialho

O MELHOR DOS PRAZERES

 

Quero enroscar-me em seu corpo

 e prender-te em mim.

 O melhor dos prazeres imagináveis

 dar-te todos por inteiros.

 Em uma sublime e plena

 entrega de desejos

 e fantasias imensuráveis.

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Cléia Fialho

NOSSAS LUXÚRIAS

 

Verdades que apenas...

 nossas mentes sabem.

 Palavras que apenas...

 nossos lábios sussurram.

 Desejos que apenas...

 nossas luxúrias sentem.

 Prazeres que apenas...

 nossos corpos satisfazem.

 Ápices que apenas...

 nossas intimidades alcançam.

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Cléia Fialho

TUDO É NOSSO

 

Porque o meu desejo

 se encontra em seu desejo.

 Porque o seu prazer

 se mistura em meu prazer.

 Porque o meu é seu

 e o seu é meu.

 E isso tudo é nosso.

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Cléia Fialho

Linda Interação do Amigo Poeta J R

 Se isso tudo é nosso,

 então me permita dizer

 o meu gozo é todo teu

 e o teu gozo é todo meu

 sendo assim é tão gostoso,

 sem cobranças um do outro

 o que queremos fazer,

 é aquele sexo amoroso

 e nos deliciar com prazer!

🌸 GRATIDÃO 🌸

CORPOS TÉRMICOS

Um querer imenso

 um sentir intenso.

 Cada entrega uma loucura

 cada loucura uma fissura.

 Prazeres misturam-se

 desejos possuem-se.

 Vulcões e fusões

 lavas e corpos térmicos.

 Encontro de liquefações.

 assim somos nós.

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Cléia Fialho

REPRISES POÉTICAS

Em cavalgadas me entranho, livre alma

Galopando sem rédeas no horizonte

Sigo o caminho oculto, serena e calma

Reprises poéticas são alvitre de monte

 

Cavalo bravo, indomado e altivo

Nas veias, versos correm como fonte

Na busca por um amor sempre cativo

Meu peito ferve e transborda afronte.

 

No trote lento, reflito estremunhando

A vida em poemas vai se desenhando

No ritmo do galope, o tempo voeja.

 

As palavras ganham vida e encantam

Torno-me andarilha que agora andeja

Ao mundo onde meus sonhos imantam.

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Cléia Fialho

PRAZERES ENFURECIDOS

Ao abrigar-te em meu esconderijo,

 você vai tecendo

 meus lábios com seu beijos atrevidos.

 Enredando o meu corpo

 com seu toques aguerridos

 tramando e entrelaçando

 com sua língua meu botão escondido.

 Abrindo meu caminho florido,

 intrigando meus incontáveis gemidos,

 maquinando meus sussurros e bramidos,

 urdindo meus prazeres enfurecidos.

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Cléia Fialho

ARDE COMO PIMENTA

 

O desejo invade-me o ser,

 delirando-me a mente aturdida,

 intimidando-me o corpo a ferver,

 arrepiando-me a pele confrangida.

 Acordando-me os sentidos de tesão,

 largando-me louca e perdida,

 enganando-me a causa e a razão.

 Trazendo no ar o seu cheiro,

 pondo lenha em meu braseiro,

 despertando-me a Deusa Afrodite,

 provocando-me além do limite.

 A libido arde como pimenta,

 incendeia, deflagra e alimenta,

 o desejo louco de ter você.

 Ao menos só para satisfazer,

 a minha lascívia em fúria,

 meu sonho de consumo e luxúria.

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Cléia Fialho