Os dias que ficaram para trás
são como folhas secas ao vento
carregando em cada curva do tempo
os ecos de risos que se perderam.
A saudade, suave como a brisa da tarde
toca o peito, leve, mas profunda
como quem lembra sem querer
o cheiro do que já não é.
No silêncio das horas que passam
os momentos surgem
imagens distantes, mas tão presentes
guardadas no peito como estrelas antigas
a brilhar em uma noite que nunca se apaga.
E eu, perdida entre a dor e o amor
me encontro com a memória
em cada passo que sigo
carregando em minha alma
todas as despedidas que não dissemos.
❦
Cléia Fialho

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