O cálice dourado,
vinho rubro escarlate,
Desliza pelos lábios
como beijo apaixonado,
O sabor do pecado,
doce e amargo,
Nos abismos da luxúria,
somos enredados.
A chama das velas
treme na penumbra,
sombras dançam lentas,
a alma se deslumbra.
O desejo é feitiço,
um veneno sagrado,
corpos se entregam
ao mistério selado.
Na noite sombria,
ecoam gemidos,
segredos profanos,
juramentos perdidos.
E no altar da paixão,
sangue e prazer entrelaçados,
dois vultos se consagram
em pecados eternizados.