Que importa a sede, se a fonte
brota mansa entre meus versos?
Bebo do canto dos ventos
e deixo escorrer nos lábios
o frescor das palavras tuas,
como um rio que me encontra
e me leva por correntes
onde a sede é puro encanto.
Tua água me percorre
na doçura de um poema,
e no toque desta entrega,
somos rio e nascente,
sede e saciedade,
verso e infinito.
❦
Cléia Fialho