TEUS OLHOS...

Através dos teus olhos 

consigo captar

teu jeito dulcificante 

de amar
percebo em teus 

gestos de prazer
a intensidade louca 

do teu querer.

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Cléia Fialho

PSICÓTICA TENTAÇÃO

Você é a psicótica tentação

 que acalenta meus desejos

 despertando o meu vulcão...

 Você é a doida fissura

 que aguça a minha libido

 sobrelevando-me á loucura...

 Você é meu insano desafio

 que eu cobiço conquistar

 e causando-me arrepios...

 Você é meu louco devaneio

 que enclausura meu corpo

 afoguentando-me em anseios...

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Cléia Fialho

PREENCHIDA PELA SAFADEZA

Gostoso ver a malícia

 em seu olhar

 delicioso sentir a sacanagem 

em seus beijos

 prazeroso ser preenchida 

pela safadeza

 por toda luxúria 

que há em seu corpo.

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Cléia Fialho

EM MOVIMENTOS CONTÍNUOS

Não se preocupe em me decifrar

 tão somente feche seus olhos

 e fiques a imaginar

 o meu corpo ininteligível

 onde situam-se

 cordilheiras perigosas

 montanhas sinuosas

 Venha desprovido de freios

 em sua língua e em suas mãos

 para que assim possas

 escorregar suavemente

 deslocar-se em movimentos contínuos

 sobre minhas superfícies

 Entrelaçado em meus quadris

 numa coreográfica sensual

 compassando todo querer

 instante oportuno de sobejos

 libido melíflua agradável

 que ateia... conflagra... esbraseia

 e por fim dá-se em formas de cachoeiras

 derramando jatos...

 Saídas impetuosas de fluxos

 em pontos culminantes

 que provém da posse

 dos prazeres sentidos

 vertente de luxúrias

 ápice final... vértice total.

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Cléia Fialho

ONDE A TRISTEZA SE ESCONDE

E quando a tristeza se instala no coração
Ela molda a empatia, cria uma conexão
Pois todos conhecemos esse sombrio lugar
Onde a tristeza se esconde, pronta para aflorar.

Com o tempo, a tristeza se transforma em arte
Um quadro de lembranças, uma canção à parte
Ela nos lembra que somos humanos e vulneráveis
E que na escuridão também existem detalhes.

Assim, abraço a tristeza como uma amiga íntima
Ela me ensina a crescer, a ser resiliente
Pois na tristeza descubro a força que carrego
E encontro a esperança, mesmo quando estárego.

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Cléia Fialho

UM ECO DE ILUSÃO

Oh, musa bucólica, traga consolo

A este peito ferido de quimera

Em versos que acalmem o desconsolo

E apaguem a dor d'alma que espera.

Nas asas de um sonho desvanecido

A esperança se perde em voo incerto

E o coração, no peito enfraquecido

Sofre com promessas que partiram ao vento.

Em cada verso, um eco de ilusão

Em cada estrofe, um lamento sentido

As promessas que se foram, em profusão

Numa poesia que chora o que foi perdido.

Assim, nos prados da memória triste

Aguarda-se o cumprir do prometido

Na paisagem bucólica da desilusão que insiste

Sigo, poetando a dor, o coração partido.

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Cléia Fialho

ACENDE A VELA

Fogo da paixão se revela

Apaga a luz, acende a vela

Vem e me desvela...

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Cléia Fialho