CONTRA A TEMPESTADE

Somos pássaros voando 

contra a tempestade

Cavaleiros destemidos 

em busca da utopia

E mesmo com as dores 

que a proibição invade

Seguimos juntos nessa 

senda de melancolia.

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Cléia Fialho

CURVAS E LOMBAS

No abraço do crepúsculo

Sinto tua pele, toco teu músculo

Encontramos nossa dança

Frenética, suave nuança

Duas almas em chamas ao luar

Desejo ansioso em amar

 

Acariciados pelas sombras

Deslizando em curvas e lombas

Nossos corações clamam

Lambidas e salivas se derramam

A cada toque, lábios inflamam

Em beijos e mordidas desmarcamos

 

O ritmo do desejo, um doce transe

Vendaval, um adoidado remanse

Corpos laçados e unidos

Incontidos e preenchidos

Sussurros de paixão

Um amor intensificado

 

Urros e suspiros de tesão

Os corpos adornados

De melosos segredos

Desatino e sem medos

Explorando cada pico e altura

Do bico e abaixo da cintura

Perdidos na extensão sensual

Lavas de vulcão, ardor carnal.

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Cléia Fialho

NO FRIO DA MADRUGADA

No frio da madrugada, o mundo se recolhe

Sob o manto de estrelas, o silêncio ecoa

E o vento sussurra segredos à toa

Enquanto o céu pálido, a lua acolhe.

 

A negridão abraça a noite adormecida

Os sonhos tecem teias de imaginação

E a mente vagueia pela vastidão

Em busca de respostas para a vida.

 

O frígido crepúsculo corta a pele e a alma

E também traz clareza aos pensamentos

Como um espelho que reflete a calma.

 

E assim, na quietude desse momento

Eu encontro a paz e luz na escuridão

Da glacial aurora, em contemplação.

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Cléia Fialho

SÃO OPORTUNIDADES

Cada pedra, um ensinamento valioso

Um teste de nossa força e persistência

Jogo da existência, um desafio ramoso

 

Que nos impele a buscar nossa essência

Os calhaus no caminho não são empecilho

São oportunidades, crescimento, aprendizado

 

Com determinação, podemos seguir um trilho

E superar qualquer pedregulho, por mais pesado.

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Cléia Fialho

SOMOS

No crepúsculo do silêncio,
somos furdúncio... do gozo o prenúncio...
Deslizamos na penumbra, somos sombras
que reslumbra... curvas e lombas...
Sussurros desconexos, somos junção...
ungidos convexos... o galarão...

Lábios que traduzem desejos, somos ensejos...
refletindo sobejos... almiscando adejos...
Entre lençóis, peles e segredos,
tecemos enredos... sem arremedos...
sóbrios e bêbados... mãos e dedos...
Palavras revoando no ar, elas vem testificar
vem ressignificar... e vivificar...
Em murmurinhos, de louca paixão...
somos burburinhos... somos tesão.

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Cléia Fialho

Interação doce e bela do amigo POETA OLAVO

Esses lábios em carmim
Já me fizeram endurecer
Trouxeram-me vontade sim
De colher o seu prazer.

🌸 GRATIDÃO 🌸

UMA LIÇÃO A ABSORVER

Altos e baixos, vida em constante dança

Em cada curva, uma lição a absorver

A jornada, por vezes, uma doce bonança

Outras, um desafio a nos surpreender.

 

Nos picos, celebramos conquistas brilhantes

Nas quedas, aprendemos a nos reerguer

E assim, com altivez, seguimos adiante

Pois em cada obstáculo, um novo saber.

 

Os altos nos elevam ao céu estrelado

Os baixos nos mostram o chão a tocar

Juntos, compõem o nosso ambíguo fado.

 

Nessa dança, a vida a se desenrolar

Enfrentamos dificuldade moxinifada

Apuros deparados na longa estrada.

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Cléia Fialho

UM PRESENTE DO PASSADO

Belas recordações e saudades, legado marcado

No álbum da minha alma, um tesouro abençoado.

Nas páginas da memória, florescem como rosas

Os momentos vividos, as histórias preciosas.

 

No jardim da saudade, cada flor é um sorriso

Cada lágrima derramada é um verso no paraíso.

As lembranças enfeitam o caminho do passado

Como estrelas no céu, brilham no infinito fado.

 

Cada riso compartilhado, cada abraço apertado

São os capítulos dourados do livro do passado.

Belas recordações, como um sol que nunca se põe

Aquecem o coração nas noites mais frias se expõe.

 

E mesmo com o tempo, que teima em avançar

Essas saudades guardadas, nunca vão se apagar.

Pois o legado das lembranças é eterno e verdadeiro

Um tesouro que carregamos, um elo dourado e inteiro.

 

Assim, guardo no peito, com carinho e devoção

Belas recordações e saudades, como um doce refrão.

São elas que moldam a minha história e jornada

Um presente do passado, uma herança amada.

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Cléia Fialho