As paredes do corpo
te querem comprimir
seduzir nos braços
preenchendo espaços
nos olhos buscar
a magia de amar.
Sereno e profundo
desejos fecundos
refletidos no céu
da boca o troféu
velejando no lago
delicioso pecado.
Rostir as pernas
beber na cisterna
despojando os pejos
invocando ensejos
inalar o perfume
imune impregna
sublime fascina.
O corpo estendido
obsecrando pedindo
adornando o ato
décor abstrato.
❦
Cléia Fialho