No compasso dos teus gemidos,
meu corpo arde em teu fulgor,
perdido em versos desmedidos,
no delírio puro do amor.
Tua pele, brasa incendiária,
me inflama em cada arrepio,
e em tua dança libertária,
me perco, insana, no desvario.
Teus sussurros são meu norte,
bússola crua do meu querer,
no ritmo ávido da sorte,
no vício doce de te ter.
E quando a febre nos consome,
num labirinto sem saída,
somos um só — sem nome,
na vertigem mais sentida.
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Cléia Fialho