BEL-PRAZER

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FRAGMENTO D'ALMA

No crepúsculo do dia que declina

Sinto a brisa suave que se avizinha.

Nas palavras curtas que 'alma ilumina

Um poema nasce, como luz que fascina.

Versos breves, leves, plumas em volume

No céu do poema, onde 'alma se assume.

Em linhas curtas, a emoção se resume

Poema singelo, como a vida que presume.

Na métrica livre, a essência se revela

Pincelando quadros com tintas de aquarela.

Palavras pequenas, mas a paixão é aquela

Que transforma o instante em obra singela.

Assim, o poema se desenha e se desfaz

Como um suspiro suave que o vento traz.

Na simplicidade, a beleza se satisfaz

Fragmento d'alma, instantes de paz.

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Cléia Fialho

SEDUTOR E SUBLIME

Você alimenta os meus sonhos

 és tão sedutor e tão sublime

 o teu toque de amor exprime

 e se infiltra feito inconho.

Através da minha rachadura

 sinto toda tua espessura

 exuberante em mim desaguar

 assim atrai-me à embarcar.

Em teu corpo adocicado

 lambuzo-me no gosto suculento

 do mel dos teus lábios derramado.

Doce, ofegante e sedento

 vem e convida-me à transpor

 em tua mansidão de amor.

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Cléia Fialho

CADA CANTO DO TEU CORPO

Com as minhas mãos 

quero explorar

 cada canto do 

seu corpo quente

 com certeza sei 

que vou encontrar

 um tesouro de 

desejo ardente.

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Cléia Fialho

TESÃO DESGRANIDO

Ah desce vai... Abriu... entraí...

A xana já se contrai

Desce tua boca quente...

Me decifra com a tua língua

Me massacra a míngua

Escorrega o meu ventre ardente

Brinca e toca meu sininho...

Pingente de grelinho

Lambe meu rabinho

Que ta piscando bem ali...

Pra ti... Dá um tesão desgranido...

Libido... lambido...

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Cléia Fialho

LICOR CREMOSO

Licor cremoso 

em excesso

 Emana teu 

corpo cheiroso

 Caldo de 

cana espesso

 Aroma e 

sabor deleitoso.

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Cléia Fialho

TEUS POROS

Teus poros produzem 

suores quentes

 derreto-me na 

umidade da tua boca

 em teu corpo 

banho-me em afluentes

 fluídos que 

deixam-me louca.

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Cléia Fialho

SEUS BEIJOS...

Seus lábios beijam meu pescoço

 encontram a minha boca

 desce pelo meu corpo

 numa gula louca

 para nos seios

 suga-os cada gota

 e devora-me...

 Seus beijos beijam-me

 em devassos latejos

 despe-me desce minhas coxas

 acentuo os seus desejos

 e devora-me...

 Seus beijos molhados

 tira-me para bailar

 enlaçamos nossos corpos suados

 nos fazendo sufocar com seus lábios

 devora-me...

 Seus beijos a me acalentar

 sinto o seu respirar

 seu amor me chama

 meu corpo responde e clama

 estamos a suspirar

 demonstro-te meus arpejos

 sinfonia que não precisa tocar

 e devora-te...

❦

Cléia Fialho