No silêncio da noite, onde sombras dançam,
Um toque suave evoca lembranças,
Dedos que deslizam, como brisa a passar,
Entre suspiros, o amor a sussurrar.
Um beijo perdido, no tempo esquecido,
Carrega a melancolia de um sonho vivido.
Lábios que se encontram, em doce tristeza,
Sabor de saudade, do amor em certeza.
O toque é um eco, de promessas quebradas,
Um calor que ainda arde, em almas cansadas.
Melancólico é o beijo que, embora suave,
Revela as marcas de um amor sem trave.
E na penumbra, onde o coração pesa,
O toque é um laço, que a dor não despesa.
O beijo, uma lágrima que no ar se esvai,
Como o brilho da lua, que em despedida cai.
Assim, entre toques e beijos melancólicos,
Revivemos histórias, em instantes crônicos.
Pois cada gesto, mesmo que magoe,
É um lembrete de que o amor ainda se doe.
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Cléia Fialho