No suave leito das palavras ardentes
Minha pena desliza, traça caminhos quentes
Metáforas se enredam em escultura cinzel
Na escrita dos versos, nosso desejo é o pincel.
Cada estrofe é um toque, um afago na pele
No papel branco, nosso amor se revela
Versos sussurram segredos em noites impele
Ecos de gemidos se cruzam como doce procela.
A poesia se torna um convite, um convés
Nossos corpos odes, se encontram de vez
Entre linhas e rimas, desejos florescem
Em cada acervo, nossas almas se aquecem.
Palavras traçam caminhos de prazer
Estro sensual, sem medo de dizer
Sentidos se unem no poema apaixonado
Na inspiração, somos um só, enlaçados.
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Cléia Fialho