SONHOS NO CÉU

Entre as estrelas brilham

Sonhos no céu tecidos

Alma voa livre.

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Cléia Fialho

RASTROS DE DESILUSÃO

 

No palco da vida, uma trama se desenrola
Sonhos coloridos, agora cinzas n'alma
A desilusão tece seu véu com mãos frias
E o coração, outrora cheio, agora desconfia.

Promessas quebradas como cristais frágeis
Em meio às ilusões, sentimentos tão voláteis
A tristeza encontra morada nas lágrimas derramadas
A desilusão é a trilha triste das memórias passadas.

Esperanças que se esvaem como fumaça ao vento
No canto da desilusão, a alma chora em lamento
O que era certo tornou-se incerto, um castelo de areia
E a dor da desilusão é uma ferida que teima.

Mas mesmo entre as ruínas, a força emerge
A desilusão pode ser um mestre que nos converge
Aprendizado nas cicatrizes, sabedoria nas dores
Do solo da desilusão, surgem novas flores.

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Cléia Fialho

REFRIGÉRIO

O pôr do sol à beira-mar 

é um espetáculo da natureza que 

sempre me deixa maravilhada.

É um refrigério para a minh'alma.

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Cléia Fialho

NO VAI E VEM DAS HORAS

Na rotina tranquila do amanhecer sereno

O sol desperta suavemente o mundo pequeno

Passos ritmados pelas ruas movimentadas.

O cotidiano é um poema de histórias enlaçadas

Pessoas apressadas, olhares distraídos

Cada rosto conta segredos escondidos.

No vai e vem das horas, o tempo desliza

O cotidiano tece memórias na trama precisa.

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Cléia Fialho

DEUSA DO AMOR

Sou formosa, sedutora Afrodite

deusa do amor

alusão do teu bel-prazer

ao dispor do teus sonhos.

Alinhada à tua libertina intenção,

detenha minha devassa sexualidade,

possua minha nudez úmida e adocicada...

sorva meu caldo abundoso e tépido,

delgado maná para tua apetência.

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Cléia Fialho

JURAS NÃO CUMPRIDAS

Nos prados serenos da esperança

Onde promessas brotaram em candura

A sombra da desilusão avança

E as juras não cumpridas perdem a aura.

Promessas vãs, encantadoras mentiras

Que um dia no coração floresceram

Hoje, como folhas secas em retinas

N'alma, desbotadas, pereceram.

Em campo aberto, o vento sussurrava

Palavras doces, promessas a bailar

Mas o tempo, implacável, as dissipava

Deixando vestígios profundos a marcar.

Era um idílio de juramentos

Que, como rosas, desabrocharam

Mas a realidade trouxe desencantos

E as promessas, em espinhos, se tornaram.

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Cléia Fialho

MEUS AMIGOS

 

Eu cultivo uma árvore pequena
simples... sincera... serena...

os frutos são os amigos legais
cada folha um carinho a mais...

Um amigo aqui me escuta
outro amigo lá se preocupa

um amigo que me chama de flor
outro amigo retribui meu amor...

Tem o que me chama de anjo
sendo este meu próprio arcanjo

tem amigo me chamando de linda
tamanha ternura que não finda...

Sentimentos tão profundos
são bençãos em meu mundo

por todos tenho apreço e gratidão
cada um guardado em meu coração.

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Cléia Fialho

VINHO

Vinho
Risos
Olhares
Tentação
Convite
Auê

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Cléia Fialho

DEVANEIO

Toque
Arde
Anseio
Devaneio
Carícias
Êxtase

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Cléia Fialho

MEL PARA MEUS LÁBIOS

Sua poesias...

 perfumam minha alma

 Suas palavras...

 melodias para meus ouvidos.

 Seus beijos...

 mel para meus lábios

 Seus abraços...

 refúgios para meu corpo.

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Cléia Fialho

AMAZÔNIA - A TRAGÉDIA SILENCIOSA DA DESTRUIÇÃO

Quem não luta pelo futuro que quer
Tem que aceitar o futuro que vier!

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Na vastidão verde da Amazônia brasileira, onde a natureza desenha um dos cenários mais espetaculares do mundo, uma tragédia silenciosa se desenrola diante de nossos olhos: o desmatamento. É uma história de perda que, apesar de sua grandeza, raramente recebe a atenção que merece.

 

A Amazônia, conhecida como "o pulmão do mundo", é uma riqueza natural inestimável. Suas florestas exuberantes, rios majestosos e biodiversidade incrível desempenham um papel crucial na regulação do clima global e no equilíbrio ambiental. No entanto, essa joia da natureza enfrenta uma ameaça persistente, que coloca em risco não apenas a própria região, mas o planeta como um todo.

 

O desmatamento na Amazônia ocorre principalmente devido à expansão agrícola, à extração de madeira ilegal e à mineração descontrolada. Áreas vastas de floresta tropical são destruídas para dar lugar a plantações, pastagens e atividades de exploração.

 

Os impactos desse desmatamento são avassaladores. A perda de biodiversidade é incalculável, com espécies únicas desaparecendo antes mesmo de serem descobertas. A degradação ambiental compromete o equilíbrio do ecossistema, afetando a fauna, a flora e até mesmo os ciclos de chuva.

 

Além disso, a Amazônia desempenha um papel crítico na absorção de dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a mitigar as mudanças climáticas globais. O desmatamento libera grandes quantidades de carbono, contribuindo para o aumento das emissões e agravando o problema do aquecimento global.

 

No entanto, apesar desses impactos devastadores, o desmatamento continua a avançar. A falta de fiscalização eficaz, políticas ambientais ambíguas e interesses econômicos muitas vezes prevalecem sobre a conservação da floresta.

 

A luta para deter a destruição da Amazônia é uma batalha global. Requer ações coordenadas em níveis local, nacional e internacional. É uma questão que vai além de fronteiras e interesses individuais; é uma questão de sobrevivência planetária.

 

Mas há esperança. Organizações ambientais, comunidades locais e defensores da natureza estão trabalhando incansavelmente para proteger a Amazônia. Iniciativas de reflorestamento, conscientização e conservação estão ganhando força, e líderes globais estão reconhecendo a importância crítica dessa região.

 

A Amazônia é uma maravilha natural que merece ser preservada para as gerações futuras. É um patrimônio que transcende fronteiras e pertence a todos nós. A história de sua destruição é uma chamada para ação, um lembrete de que é nosso dever proteger esse tesouro da natureza antes que seja tarde demais. A tragédia silenciosa da Amazônia não pode mais permanecer invisível; é hora de dar voz à sua preservação.

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Cléia Fialho

MINHA VOLÚPIA

Minha volúpia é como um furacão

Leva-me a um de prazer sem igual

Entrego-me ao desejo, sem hesitação

Árdua cobiça, com meu beijo lingual.

 

Minha volúpia é chama ardente

Eu me desnudo a ela, completamente

Que queima em meu corpo em ensejos.

 

Minha volúpia é um afluxo de desejos

É como um rio transbordante a correr

É minha a libido vertendo de prazer.

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Cléia Fialho

ANSEIO O PRAZER

Lindo moreno

 talvez no engano

 seja loiro

 certamente sereno

 em todos nuances

 bandida ouso dizer...

 Não quero ser um lance

 passageiro em teu viver

 revelo-te meus desejos

 De possuir seu corpo

 seus beijos e na dúvida...

 De ser correspondida

 minh'alma apreensiva

 despojada e nua

 anseio o prazer

 desta sede de ser

 completamente sua.

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Cléia Fialho