No crepúsculo dourado, o amor aflora,
Embalado pelo sol que vai embora.
Sob a luz amena, o coração se aquece,
Amor vespertino, paixão que não perece.
Na tarde serena, nossos olhos se cruzam,
Sentimentos florescem, em nós se traduzem.
O céu se colore, tons de laranja e rosa,
Nossas almas se entrelaçam, amorosa prosa.
O calor do dia se torna suave brisa,
Nesse amor que à tarde se eterniza.
À sombra das árvores, nós nos entregamos,
O amor vespertino, em nossos olhos brilhamos.
A quietude do entardecer, somos corpos matutos,
Nossos beijos são doces, deliciosos como frutos.
Sob o céu tingido de tons quentes e serenos,
Nosso amor vespertino é eterno, somos plenos.
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Cléia Fialho