VIVER COM AMOR

Na escola da vida, sigo a aprender

O mistério do mundo me comove

Entre lágrimas e risos, vou crescer

E ao fim de cada dia que se move

A lição principal é compreender

Que viver, com amor, é ascender.

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Cléia Fialho

PREFIRO

Já não te amo,

o encanto partiu,

sumiu com o ramo.

Prefiro o vazio,

do que essa ilusão

de falso arrepio.

Teus olhos mentiram,

sufocam minha voz,

meu peito feriram.

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Cléia Fialho

O Experimental Medianeiro

é uma criação da Poetisa Giovânia Correia

RÍTMO URBANO

Na rotina que segue, nas ruas a vibrar
A cidade desperta, a vida a girar
Em cada esquina, histórias a cruzar
No verso do dia, sem pausa a rimar.

O sol na alvorada começa a brilhar
Tingindo os céus num doce pintar
Rostos apressados, risos a se achar
No ritmo urbano, tudo a pulsar.

O aroma do café, perfume no ar
A cidade desperta, é hora de andar
Entre buzinas e passos a acelerar
A poesia, escondida, insiste em brilhar.

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Cléia Fialho

FELICIDADE A TECER E ENTRELAÇAR

Nas asas da felicidade,

eu voo alto e livre

Um sorriso iluminado,

um coração que revive.

Momento são tesouros, 

uma joia a brilhar

Na tapeçaria da vida, 

felicidade a entrelaçar.

 

O sol beija o horizonte, 

pintando cores no céu

E no peito, a felicidade 

dança como um véu.

 

Risos são notas musicais 

que flutuam no ar

Corações em harmonia, 

felicidade a vibrar.

Como rios de luz, 

alegria percorre as veias

Cada sorriso, um fragmento 

da paz que anseias.

 

Nos abraços calorosos, 

memórias compartilhadas

A felicidade se torna a luz 

das almas emaranhadas.

Cada momento, é presente, 

raio de luz dourada

Na jornada da felicidade, 

a vida é uma balada.

 

A vida, com seus altos 

e baixos, vale a pena

Que em cada amanhecer, 

possamos sentir seu calor

Uma eterna melodia,

a nos envolver com amor.

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Cléia Fialho

PALAVRAS AO VENTO

Hoje as palavras estão cansadas,

silenciam, cansam de gritar,

se aquietam, na espera serena,

de um mundo que queira escutar.

A surdez tomou conta do ar,

um manto pesado que aprisiona,

as vozes que pedem para soar,

ninguém as ouve, ninguém as entona.

Maltratadas, esquecidas, jogadas,

as palavras se recolhem no vento,

na esperança de um novo alento,

quando o mundo voltar a escutá-las.

Quem sabe, no silêncio do ser,

as palavras, com força e ternura,

voltem com força, com bravura,

para cantar, gritar, a se erguer.

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Cléia Fialho

POESIA E ROTINA

Encontros em esquinas, abraços e risadas
A vida flui em cadência tão diversificada
Trabalho e suor, esforços que se somam
Poesia e rotina, com a vida se adomam
O pôr do sol tinge o céu de laranja e ouro

As luzes acendem, à espera do vindouro
Noite suave, estrelas em pontos de luz
No simples da vida, nascimento reluz
Celebremos o comum, a beleza no ordinário
Pois é nele que tecemos nosso cenário.

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Cléia Fialho

O Experimental Almognose

é uma criação da Poetisa ANA LUCIA S PAIVA

RENASCER NA PRIMAVERA

Debruço-me na varanda do tempo,

onde a brisa murmura em canção,

varrendo da alma os escombros

de um inverno sem direção.

A inquietação já não grita,

nem sombras recobrem meu chão

a luta se faz movimento,

um passo além da aflição.

Eis que desponta a alvorada,

desperta em perfumes no ar,

trazendo nas mãos a promessa

de um novo caminho a brotar.

A dor se desfaz em silêncios,

a sombra já não me contém.

Na luz da estação que renasce,

sou flor a florir para o bem.

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Cléia Fialho