Nas sombras das montanhas ancestrais
Erguem-se vozes, pulsantes, reais
De todas as eras, todas as terras
Mulheres unidas, firmes em guerras.
Vem das florestas, do campo sagrado
Das águas profundas, do céu estrelado
Aquelas que lutam, aquelas que amam
De corpos tão leves, almas que inflamam.
Mãe Terra as molda com firme cuidado
Fortes e ternas, coragem ao lado
Das dores erguem esperança e paz
Dando ao mundo o que ele não traz.
Lá vem das planícies a sábia anciã
Com passos serenos, de olhos de lã
Ela carrega em sua memória
A vida das eras, do tempo, a história.
E ao lado dela, a jovem guerreira
Com braço de ferro e alma faceira
Seus olhos de fogo, vorazes, brilhantes
Guardam promessas, futuros distantes.
Das cidades de pedra, as mulheres de aço
Sabem vencer a força do laço
As filhas da terra, do vento e do chão
Mantêm o planeta em suas mãos.
Nas artes do tempo, curandeiras vêm
Com raízes, com ervas, das rezas que têm
Resistem ao mundo, erguidas, serenas
Fiando as palavras em forma de henas.
O canto das valentes é união e poder
Força que a todos vem proteger
São irmãs e filhas de um só coração
Movendo o destino, com fé e paixão.
Por elas a chama da vida persiste
Nas terras, nos céus, o mundo resiste
E cada caminho que trilharem, enfim
Será para o todo um novo jardim.
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Cléia Fialho
Querida amiga, preciosa canción de los Valientes que hicieron próspera la tierra.
ResponderExcluirUn placer leerte poeta.
Abrazos y te dejo un beso, que tengas un feliz día