Na penumbra que envolve a pele,
os corpos se procuram,
como se já soubessem o caminho do outro.
Não há urgência.
Há uma fome lenta, intensa,
um desejo que dança no compasso do silêncio.
Mãos não tocam, acendem.
Bocas não falam, desvendam.
A pele inteira se faz linguagem,
e o arrepio, uma resposta sem pergunta.
Tudo é convite,
tudo é pressentimento.
O amor acontece ali —
não no nome,
mas no gesto que escorrega pela curva do instante,
no olhar que desnuda
sem rasgar,
no tempo que se dissolve entre suspiros.
E quando as sombras abraçam as formas,
as almas se reconhecem.
Não se trata mais do corpo,
mas da centelha que ele carrega.
O toque é apenas a superfície
de um mergulho muito mais fundo.
Nesse abismo doce,
não se cai —
se voa.
❦
Cléia Fialho
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