Supiros acelerados ecoam na penumbra
Lábios famintos explorando cada curva
Um encontro de almas, dança sem tréguas
Na sinfonia geminada, somos notas e réguas.
Olhares quentes que flamam como brasas
Duas narrativas entrelaçadas em suas asas
Nada é convencional, tudo é permitido
Na poesia de corpos, o desejo é sentido.
Cada gesto, um verso escrito em pele e suor
O tempo se perde, o espaço é apenas amor
Somos a tinta e o papel, a história que flui
Somos um, somos muitos, no versar aflui.
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Cléia Fialho