Deslizo...
como se cada sílaba fosse pele,
como se cada linha fosse tua.
Minha voz?
Um sussurro que arrepia a noite,
um fio quente roçando tua nuca.
Palavras se enroscam —
não há métrica que contenha
esse querer que pulsa entre as entrelinhas.
Minhas metáforas te despem
lentas, provocantes, famintas.
A caneta me invade os dedos,
e o papel — ah, o papel —
geme sob o peso do que escrevo.
Sou tua antes mesmo do verbo,
sou carne viva na tinta.
Cada verso te lambe.
Cada pausa é um fôlego no escuro.
As rimas?
Arranhões.
Os enjambements?
Teu nome partido no meio da minha boca.
E quando termina,
não há ponto final —
só o gosto doce e cru
do poema que goza
em mim.
❦
Cléia Fialho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
🐾 OBRIGADA PELA SUA PRESENÇA
🐾 É SEMPRE MUITO BOM TER VOCÊ AQUI
🐾 FIQUE À VONTADE PARA COMENTAR OU FAZER UMA INTERAÇÃO NAS POESIAS
🐾 SERÁ UM IMENSO PRAZER COLOCÁ-LA JUNTO À MINHA
🐾 VOLTE SEMPRE!
Leituras e orgasmos
Versos e espasmos...
Letras e entusiasmos
O desejo libero...
Isso é o que eu quero
Seu prazer é que espero!
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾