Nas entrelinhas,
os versos ardem em silêncio,
tocam-se como bocas famintas,
palavras que se desnudam
ao menor sussurro de desejo.
Dançam no papel como corpos febris,
a tinta escorre —
não como escrita,
mas como toque,
como língua que percorre pele em segredo.
Não há métrica,
só pulsações —
cadência dos corpos que se entendem no escuro,
rimas? Apenas gemidos disfarçados
em sons que a alma solta sem culpa.
As frases deslizam,
macias, lentas, molhadas de intenção.
Cada imagem, um arrepio.
Cada pausa, um olhar profundo
antes do mergulho.
A poesia se despe
em pleno ato de ser,
e o poema se entrega inteiro,
com os lábios abertos
e a respiração entrecortada,
pronto para gozar o sentido.
❦
Cléia Fialho
.jpg)
.png)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
🐾 OBRIGADA PELA SUA PRESENÇA
🐾 É SEMPRE MUITO BOM TER VOCÊ AQUI
🐾 FIQUE À VONTADE PARA COMENTAR OU FAZER UMA INTERAÇÃO NAS POESIAS
🐾 SERÁ UM IMENSO PRAZER COLOCÁ-LA JUNTO À MINHA
🐾 VOLTE SEMPRE!
Leituras e orgasmos
Versos e espasmos...
Letras e entusiasmos
O desejo libero...
Isso é o que eu quero
Seu prazer é que espero!
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾