CONDENSAÇÃO DE ORVALHOS

No corpo, o fogo que consome a pele nua

Sem roupa, entregue ao toque da tentação

Danço na chama ardente da paixão crua

Envolta em desejo, perdendo a noção.

Louca de desejos, rendo-me à emoção

Nos beijos quentes que o tesão atiçou

Nos lençóis, o amor se tece à luz da lua

Ardentes gemidos em um doce refrão.

No êxtase do prazer, minh'alma flutua

Ébria à entrega, a luxúria vem e renova

Condensação de orvalhos em minh'alcova.

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Cléia Fialho

VERSO ESCRITO EM PELE E SUOR

Supiros acelerados ecoam na penumbra

Lábios famintos explorando cada curva

Um encontro de almas, dança sem tréguas

Na sinfonia geminada, somos notas e réguas.

Olhares quentes que flamam como brasas

Duas narrativas entrelaçadas em suas asas

Nada é convencional, tudo é permitido

Na poesia de corpos, o desejo é sentido.

Cada gesto, um verso escrito em pele e suor

O tempo se perde, o espaço é apenas amor

Somos a tinta e o papel, a história que flui

Somos um, somos muitos, no versar aflui.

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Cléia Fialho

O Experimental Tridoze Poético é uma criação
Da Poetisa Norma Aparecida Silveira Moraes 

MAIS DOCE QUE MEL CAMPEIRO

Sob o céu aberto do meu coração
O vento minuano sopra segredos de paixão.

Teu beijo, mais doce que mel campeiro
É a melodia que embala o meu ser inteiro.

No campo vasto do amor que floresce
Teu beijo é a colheita que me aquece.

Como o sol dourado sobre os trigais
És a doçura que em mim nunca sai.

No teu beijo, sinto o gosto da terra
A essência da vida que em mim encerra.

Como um rio que corre em suavidade
És a fonte que sacia minha vontade.

Mel campeiro, doce e envolvente
Teu beijo é a canção mais atraente.

Que ecoa nos campos do meu ser
Como um poema tão belo de se ler.

Entre suspiros e calor verdadeiro
O teu beijo é brasa de candeeiro.

Escrito nas estrelas do nosso destino
És como o néctar saboroso e divino.

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Cléia Fialho

OLHOS MAREJADOS

Olhos marejados, janelas d'alma

Refletem tristezas que a vida acalma

Em cada lágrima, um mar de emoção

São palpitações sincero do coração.

Nas curvas das pálpebras, gotas brilhantes

Silenciosas testemunhas dos instantes

Olhos marejados, são poços de saudade

Guardiões das dores e da felicidade.

Mas não se engane pela aparência

Nos olhos marejados há perseverança

São fontes de força e de resiliência.

Enfrentam as adversidades com elegância

No brilho das lágrimas, um renascimento

Olhos marejados, expressão de sentimento.

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Cléia Fialho

MARÉ DA PAIXÃO

Desejo ancorar em teu cais, meu amor

Deixar-me levar pela maré da paixão

Em teus braços, encontrar minha redenção

E viver um amor intenso e sedutor.

Teu cais é meu porto seguro, ancorador

Onde encontro paz e doce emoção

Nossos corpos entrelaçados, sem pudor.

Navegando juntos nessa imensidão

E nesse desejo, somos um só ardor.

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Cléia Fialho

NA TEIA DA PAIXÃO

Era fogo ardente e perigoso

Nossos olhares se cruzaram

Desejos vorazes, lobos famintos

Em corações que se amaram.

Mas o ciúme, serpente traiçoeira

Envenenou nosso amor com fel

Em teus sumiços e aventuras

Meu peito sangrava como refém.

Nos teus caminhos tortuosos

Perdi-me em becos sem saída

Drama e poesia se entrelaçaram

Em versos que brotavam da ferida.

Louca de amor, te ofereci beijos

Poemas que jorravam do meu ser

Te perdia entre sombras e disfarces

O ciúme me consumia ao anoitecer.

Hoje te peço, que venhas até mim

Traga de volta a chama do amor

Dou-te a magia, a poesia em beijos

Para juntos enfim, vençamos a dor.

Nosso amor renascerá das cinzas

Intenso, forte e puro que o luar

E o ciúme será apenas lembrança

Que jamais ousará nos separar.

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Cléia Fialho

TUA BOCA ME DEVORA

Em suspiros tua boca me devora,

Desnuda-se a pele dos desejos,

Em teus lábios, um mar de beijos,

Onde o fogo da tesura se aflora.

 

Teus olhos, estrela que me enamora,

Na língua, a tragada de mil ansejos,

Em suspiros tua boca me devora,

Desnuda-se a pele dos desejos.

 

Corpos se engolem, sem demora,

Em êxtase, exploramos os sobejos,

As carícias e os toques, sem medos, 

Inebriado ar onde o amor se explora,

Entre suspiros que o tempo devora.

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Cléia Fialho

🎨 Forma Poética: Rondel

SENTIDOS VADIOS

Entre o céu de azul profundo e mar sereno

Dança a lua, no seu manto prateado

Sussurros de brisa ao luar ameno

Despertam desejos de doce pecado.

 

Teus olhos, estrelas que brilham sem fim

Refletem a noite, em seu mistério e calma

E o toque da pele, tão suave assim

É como o perfume que embriag'alma.

 

Corpos entrelaçados, em dança celeste

Cada gesto, um verso de poesia ardente

Num êxtase de amor, a tesão acresce

Medra o desejo, intenso e envolvente.

 

Noite sigilosa de segredos e arrepios

Onde os corações se entregam ao prazer

São corpos e peles, em sentidos vadios

Em ébrio poema, sendo o sentir e viver.

 

O tempo sustenta este instante fissurado

Onde a paixão e a luxúria se entrelaçam

Nos gemidos dos amantes insensurados

Se eterniza o gozo que os corações abraçam.

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Cléia Fialho