Caminhaste em silêncio, e eu te pressenti,
nos passos calados que o tempo guardou...
Na brisa que toca onde nunca te vi,
o teu pensamento em mim sussurrou.
As folhas dançavam, cúmplices da emoção,
segredando histórias escritas no ar.
E em cada instante, o meu coração
insistia em tentar-te alcançar.
Talvez o amor não se explique jamais,
mas mora onde o tempo não desfaz,
e se esconde nos gestos mais sutis.
Quando a solidão visita meu abrigo,
te escuto de novo — tão doce, tão amigo —
em versos que o vento me diz.
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Cléia Fialho