❦ ❦ ... AH ... MAS E SE EU FOSSE FALAR EM POESIAS ... E EM TODAS AS MINHAS VONTADES ... "AFRODITE" NEM EXISTIRIA ... E "KAMA SUTRA" SERIA BOBAGEM ... ❦ ❦

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sábado, 24 de maio de 2025

DOCE TENTAÇÃO, ETERNA LEMBRANÇA



Eis que a aurora me fere com sua luz sem piedade,
desfaz os véus da noite
e leva contigo os sonhos —
tão breves, tão intensos —
como bruma que o vento desfaz.

Ficas, porém, gravada em mim,
na pele da alma,
onde o desejo deixou cicatriz —
doce e pungente,
prazer que também doeu.
Amor que não se apaga.

Oculto entre silêncios,
te guardo, pecado sagrado,
memória de um instante encantado
que o tempo, caprichoso, não pôde manter.

Mesmo longe,
a tentação persiste,
arde tênue e viva em meu ser,
como chama que não se entrega ao fim.

E então, em palavras,
selos de eternidade,
escrevo-te.
Não para possuir-te,
mas para que nunca morras.

Doce tentação…
és agora verso,
glória suspensa no ar,
lembrança invencível
de um amor
que a vida negou,
mas a poesia consagrou.




Cléia Fialho

quinta-feira, 24 de abril de 2025

ENTRE AS FRESTAS DO DESEJO




Há uma febre no gesto que desliza,
um tremor que escorre na pele do instante.
Não há mapa, nem saída,
no labirinto onde o toque é delirante.

Cada mão é um verbo que implora,
um destino que se escreve em carne.
Os corpos, desfolhados em silêncio,
confessam pecados sem alarde.

Eis a paixão — feroz e muda —
que escava a alma com garras de bruma.
É chama que lambe e despedaça,
é noite sem fim sob a mesma espuma.

As palavras, exaustas, se recolhem,
deixando à pele a língua dos sentidos.
E o tempo, cúmplice das horas rasgadas,
abraça os amantes, já quase esquecidos.

Há um eco que não morre,
na cúpula onde as promessas jazem.
E entre o delírio e o desencanto,
o amor, ferido, ainda se refazem.

No espelho, um reflexo se desfaz,
mas a lua — ah, a lua — persiste no olhar.
E as bocas, ainda que caladas,
insistem em querer se encontrar.



Cléia Fialho

sábado, 8 de março de 2025

NO HORIZONTE, OS MISTÉRIOS SE ESCONDEM





Mote:
No horizonte, os mistérios se escondem
Jornada que nos transforma, constantemente


Glosa:

No horizonte, os mistérios se escondem
Em linhas de névoa e sombras distantes
O sol se põe, revelando segredos sutis
A visão não alcança,o coração está a mil.

No horizonte, os mistérios se escondem
Entre as montanhas e o céu que se estende
Cada crepúsculo encerra enigmas a desvendar
Promessas de aventuras que o tempo compreende.

No horizonte, os mistérios se escondem
Nas curvas do futuro e no véu do presente
Cada passo em direção ao desconhecido
Jornada que nos transforma, constantemente.



Nota da autora:
Esta glosa oferece uma expansão poética do texto base, mergulhando na ideia de mistérios ocultos no horizonte. 
Utiliza imagens evocativas como "névoa e sombras distantes" e "sol se põe" para criar uma atmosfera de segredo e revelação. 
O poema explora a transformação pessoal e a descoberta ao longo da jornada, ligando a visão do horizonte com o crescimento interno.



Cléia Fialho

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A GURIA QUE FUI




Ah, meu tempo de guria, ingenuidade encantada
Despertar dos sentidos em primavera florida
Era um mundo de cores, paixão desenfreada
Onde a sensualidade pulsava escondida.
 
Os lábios que antes provavam doces delícias
Agora buscam sabores em outros matizes
Mas a essência da guria, em eternas cobiças
Permanece viva, nas lembranças felizes.
 
Ah, meu tempo de guria, tesouro do passado
Ainda ecoa em mim a dança da juventude
E nas recordações sensuais, sinto o legado
De um'alma que viveu, em doce plenitude.
 
Que perdure em meu ser, a guria que fui
A sensualidade inocente, jamais perdida
E assim, em cada verso, a saudade aflui
Do tempo que marcou minha vida colorida.



Cléia Fialho

sexta-feira, 7 de abril de 2023

QUERER É SONHAR ACORDADO




No âmago do meu ser, o querer se revela
Chama ardente que em meu peito se acende
É a força que me impulsiona, que me guia
Energia que move cada passo da minha vida.
 
Quero voar pelos céus, tocar as estrelas
Quero explorar os horizontes sem fim
Quero amar sem limites, sem restrições
Quero sentir a plenitude que o querer me traz.
 
Este querer é a voz da minh'alma
Que clama por realizações e conquistas
É a busca incessante por um propósito
Que me faz seguir em frente
Mesmo diante das provas mais duras.
 
Querer é sonhar acordado
É acreditar no impossível
Desbravar terras desconhecidas com coragem
É lutar por cada desejo e anseio
Jamais desistir, mesmo diante das adversidades.
 
No querer reside o poder da transformação
Moldar o destino com as próprias mãos
É a chama que mantém viva a esperança
E faz com que cada dia seja uma nova chance.
 
Que o querer seja o fogo que me aquece
Inspiração que me impulsiona a ser melhor
Que eu nunca deixe de sonhar e de querer
Pois é aí que encontro a essência do meu ser.



Cléia Fialho

quarta-feira, 28 de julho de 2021

PRONTOS PARA RECOMEÇAR




Nas sombras do desamor, a noite se estende,
Um vazio profundo, um coração que se rende,
Cada palavra que se perde, estrela que se apaga,
No território frio, a alma vagueia e se arrasta.
 
Como um jardim murchando sob o sol inclemente,
O desamor é a ferida, a dor que se sente,
Promessas desfeitas, sonhos quebrados no ar,
No labirinto dessa dor, perdidos a caminhar.
 
Silêncios cortantes como vidro, entre dois olhares,
É a tempestade que desfaz os laços, os lares,
Fragmentos de sentimentos espalhados ao vento,
É ai que encontramos um mundo cinzento.
 
As lágrimas são poços, o lamento uma canção,
O desamor é o inverno da alma, sem direção,
Em cada toque vazio, em cada abraço gelado,
Nessa maré, o coração é um barco naufragado.
 
Mas mesmo nas sombras, há espaço para renascer,
O desamor é uma lição, difícil de entender,
Através da dor, encontramos força para seguir,
Nasce a resiliência, o florescer de um novo sentir.
 
E assim, do desamor, podemos aprender e crescer,
Revertendo lágrimas em pérolas de sabedoria a colher,
No fim do túnel sombrio, uma luz começa a brilhar,
E então, nós emergimos, prontos para recomeçar.



Cléia Fialho

domingo, 9 de fevereiro de 2020

POESIA QUE SANGRA




Nas colinas verdes do meu ser
Onde o sol dança em fios de ouro
Sinto a saudade em meu peito crescer
Como o vento a soprar no monturo.

Assim, me entrego à melancolia do tempo
Na esperança de um reencontro ao luar
Enquanto a saudade, como um doce alento
Me faz eternizar-te, sempre a te amar.

Em cada verso, uma lágrima derramada
Toda e qualquer estrofe chorosa é sentida
A saudade como brasa, sempre abrasada
Numa poesia que sangra, no peito contida.

Nos campos verdejantes da memória
Onde a saudade se tece em triste bruma
Brota uma poesia de dor e glória
Um canto bucólico que o coração perfuma.





Cléia Fialho

sábado, 19 de agosto de 2017

ALÉM DA CARNE




Não é preciso palavras a forçar,
Pois o corpo fala no silêncio do olhar,
E no toque sutil da mente,
Ela se revela, entrega, completamente.

Não é preciso pedir o amor,
Ele floresce a cada ato de ardor,
Com gestos que falam mais que palavras,
Cada amanhecer, ela é a musa que se guarda.

Não se trata de beleza visível,
Mas do sentir profundo, invisível,
Onde a alma se expõe sem medo,
E o corpo, então, responde ao enredo.

A verdadeira nudez vai além da carne,
É a entrega da essência, que nada difame,
É a alma que dança, se abre sem temor,
E se torna plena no toque do amor.

E nua, sem roupas a esconder,
No brilho da alma, a liberdade floresce,
E no mais profundo do seu ser,
Me revelo, sem precisar de palavras.




Cléia Fialho

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

BUSCA-ME



Entre os teus dedos suaves,
que tocam o segredo da flor,
sou a brisa que embala sonhos,
tecendo no ar o amor.

No jardim onde o sol desperta,
sou a luz que faz renascer,
cada pétala, um suspiro,
cada cheiro, um prazer.

Sou a chuva que te acaricia,
molhando a alma e a paixão,
sou o canto do rouxinol,
que embala o coração.

Busca-me entre as flores vivas,
sou o pulsar da primavera,
teu vivo rosal me chama,
em silêncio, me espera.




Cléia Fialho

segunda-feira, 17 de abril de 2017

NAS COLINAS VERDES




Mote:
Nas colinas verdes, encontrei teu olhar
Teus olhos brilhavam, serenos no ar


Glosa:

Nas colinas verdes, encontrei teu olhar,
como um perfume suave a me enebriar.
Teus olhos brilhavam, serenos no ar,
guiaram meus passos a um doce lugar.

O vento soprava, me fez perceber
que os teus lábios vinham prometer
carícias leves, puro bem-querer,
no campo aberto, a gente foi viver.

Teu toque era flor, na luz do alvorecer,
trouxe à minha alma novo renascer.
Entre os aromas, dançamos canções,
somente existiam ali corações.

E a lua, ao sumir, calada sorria,
vendo o amor surgir com sua magia.
Tão sereno e calmo foi esse momento,
corpos dançaram ao som do pensamento.

Mas o vento soprou com outro argumento:
que amar é doçura e, às vezes, lamento.
Nos vales do sonho, belos, eternos,
também se caminha por trilhos modernos.




Nota da autora:
Nesta glosa bucólica e amorosa, celebro a doçura dos encontros e o eco sutil do amor em meio à natureza — onde a paixão floresce, mas também ensina com suas brisas e silêncios.



Cléia Fialho

quinta-feira, 13 de abril de 2017

NOSSO BEIJO NO AR



Caminho lento,
como quem escuta o silêncio da terra —
e nos teus olhos,
me deito sem pressa.

A boca te encontra
como flor encontra o orvalho:
com desejo e reverência.
Dedos se buscam —
tímidos, trêmulos —
e no espaço entre nós,
flutua o beijo:
nosso beijo no ar,
brilhando como vaga-lume
em tarde que se despede.

O tempo, derretido
feito mel no sol do campo,
cede ao florescer do instante.
Olhares se perdem
como folhas levadas pelo vento,
e o respirar —
ah, o respirar canta
como grilo sob o céu de abril.

Tua pele é trilha,
e minhas mãos, errantes,
seguem o mapa do desejo.
Somos fogo sereno —
não chama que destrói,
mas calor que acaricia.

O coração dança,
batida sobre batida,
e o amor canta em sua língua muda,
guiando os corpos
como águas que sabem
para onde ir.

A noite sussurra,
e ouvimos.
Ela nos quer vivos,
sendo,
simplesmente sendo.
Corpos entrelaçados
sorriem no silêncio —
e a vida floresce
no breve da eternidade.

As sombras bailam
com a luz das estrelas,
e o vento carrega
o canto do nosso amor,
transformando o universo
em paisagem encantada.

No ápice,
respiramos devagar,
como quem colhe um segredo.
Cada suspiro
se torna raiz no corpo.
E na pele,
fica a memória:
nosso beijo no ar —
eterno,
como a brisa que toca
a flor que ama.




Cléia Fialho

domingo, 9 de abril de 2017

O SUSSURRO DO AMANHECER



A brisa que me vem,
Sente a terra, sente o bem,
No campo, o som a dançar,
Teu amor vem me acalmar.

Teu cheiro, sinto no ar,
No campo, te encontro no olhar,
Tua sombra, no vento a soprar,
Teu amor a me abraçar.

Vem das colinas distantes,
Desenhando estrelas brilhantes,
A lua, que vem me contar,
O teu amor, a me encantar.

És o sussurro do amanhecer,
A brisa que vem me aquecer,
No campo, te vejo sem ver,
Teu amor é meu bem querer.

Teu fogo é doce como a terra,
Teu perfume na brisa encerra,
Nosso amor, segredo no ar,
Nosso jardim a florescer, sem parar.

A melodia do riacho a cantar,
Teu amor me vem embalar,
Em cada acorde, encontro paz,
Em meu peito, tua luz se faz.

Como a brisa e a terra a se unir,
Teu amor em meu ser a existir,
Como as árvores, o céu, o jardim,
Teu mistério floresce em mim.




Cléia Fialho

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

LIGAÇÃO ENTRE O HOMEM E O UNIVERSO




No bosque silencioso, à sombra da luz do dia
Onde as árvores sussurram segredos antigos
Eu encontro minha alma em comunhão tranquila
Com a natureza que canta em versos perdidos.
 
Os pássaros cantam hinos de liberdade
Enquanto o riacho murmura sua canção
Cada folha, cada flor é uma verdade
Uma parte do mistério que me envolve, então.
 
Meu coração bate ao ritmo da terra
No céu noturno, estrelas brilham profundas
Eu sinto o cosmos em minha carne, na guerra
Do tempo e da eternidade, meu ser se inunda.
 
Eu sou um verso na poesia do universo
Uma nota na sinfonia da vida
Em cada folha, em cada raio imerso
Eu encontro a paz na busca infinita.
 
Na quietude da floresta, eu percebo
Que somos todos parte desse todo imenso
Na vida de ontem e do hoje , eu celebro
A ligação eterna entre o homem e o universo.



Cléia Fialho