Largados pelos caminhos
seguem os sonhos, sem-abrigo
Passos cansados, desejos renegados,
o destino é um intrigo
Corações aflitos, trilhando
a estrada pedregosa deserta
Em busca da esperança extraviada,
de uma vida mais certa.
Largados pelos caminhos,
e talvez não esquecidos no além
Os sonhos resistem,
alimentados pelo fogo do querer bem
E, por mais que a vida seja
um obscuro enigma enredado
Seguimos adiante, com o
coração partido e quebrantado.
Entre tropeços e quedas,
encontramos a força interior
Com a chama da esperança,
seguimos em busca do pluriamor
Largados pelos caminhos,
nós somos peregrinos da existência
Adaptando em cada passo,
nosso versificar de transcendência.
❦
Cléia Fialho