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Em meu corpo arde um lume,
feito chama que devora,
o teu nome é doce perfume
que em meus lábios se aflora.
O sangue pulsa e me toma,
feito brasa que envenena,
tua presença é a soma
da ternura mais amena.
Tua forma é obra santa,
do além, de puro encanto,
teu olhar se faz e encanta,
me refaço em teu recanto.
És jardim que me renova,
em tuas pétalas me acho,
teu amor me abre a alcova,
sou prazer no teu abraço.
Desejo-te como o vento
deseja o céu pra correr,
és meu abrigo e alento,
minha razão de viver.
Nessa dança encantada,
acaricio teu querer,
repouso a alma cansada
no teu manto de prazer.
Gira a ciranda do amor,
no compasso do sentir,
teu corpo é meu esplendor,
teu toque é meu existir.
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Quero um amor sereno,
que o vento não desfaz,
nos gestos mais pequenos,
se mostra e vive em paz.
É chama que não grita,
mas arde devagar,
com força que acredita
no tempo de amar.
Não é paixão que voa,
de fogo sem raiz,
mas algo que perdoa
e busca ser feliz.
É no cuidado terno,
na calma do viver,
que o amor puro e eterno
se aprende a florescer.
Permanece no frio,
na dor ou na alegria,
é firme como um rio
que canta todo dia.
Entrega que é respeito,
carinho e lealdade,
é o que faz do peito
abrigo de verdade.
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