DOCE ABRAÇO

Em seu doce 

abraço eu tive

 o que até hoje 

ainda tenho

 seu amor que 

prezo e mantenho

 por isto minha 

alma vive.

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Cléia Fialho

OBSCURIDADE

Nas sombras do oculto, 

a verdade dança entre véus invisíveis, 

revelando-se na obscuridade que nega ser revelada.

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Cléia Fialho

PAIXÃO EVOLUI

Sentimentos
Em
Vocábulos
Flui
Paixão
Evolui.

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Cléia Fialho

GAIVOTAS

Gaivotas no mar

Voando sobre as ondas azuis

Liberdade no ar.

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Cléia Fialho

ENGANANDO A REALIDADE

Nas teias da verdade, 

a mentira tece sua própria ilusão, 

enganando a realidade 

com falsos fios de sinceridade.

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Cléia Fialho

ME USA E ABUSA

Provoca, me deixa querendo mais

Deste teu vaivém que me satisfaz

Corpo cheiroso que emana doce leite

Alimento para minhas entranhas

Me possui, me invade, com teu falo quente

E em teu colo faço piruetas e façanhas.

No teu gingado eu vou ao céu

Me tira o tino, me falta o chão

Beijo molhado com gosto de mel

Me usa e abusa nesta paixão.

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Cléia Fialho

PERSEVERANÇA

A perseverança é a chave para alcançar nossos objetivos,

devemos estar determinados a nunca desistir.

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Cléia Fialho

IMUTÁVEL

E nas incertezas da vida, 

a única constante é a mudança imutável.

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Cléia Fialho

SOB O CÉU

Sob o céu azul

Caminho com passos leves

Sonhos ganham asas.

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Cléia Fialho

TRANSIÇÃO

Folhas secas caem

Outono traz melancolia

Beleza na transição.

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Cléia Fialho

VESTÍGIOS DE DESEJO

Vestígios de desejo...

Paixão sem véu...

Segredos ao léu.

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Cléia Fialho

ALIMENTO-ME DESTE PRAZER

Se o amor é um pecado

 já que nos amamos

 iremos juntos para o inferno!

 Há dentro de mim

 um desejo louco de você

 faz vibrar minha paixão,

 alimento-me desse prazer

 que arrepia cada parte da minha pele

 percorre cada curva do meu corpo

 Eu adoro quando você me mima

 satisfaz-me todas minhas fantasias

 segura-me firme e forte

 faz-me prisioneira dos teus devaneios

 deixando-me sem fôlego!

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Cléia Fialho

 

CANTIGAS PROIBIDAS

Ciranda... cirandinha

Vamos nós de novo brincar

No vira e volta desta fodinha

Deliciosa de se amar!

Atirei o pau no gato

Mas o gato um pau já tinha

Me pegou, me levou para o mato

E me deu uma comidinha!

Eu fui no Itororó

Buscar água e não achei

Avistei um homem só

E com ele eu trepei!

O barquinho virou

Num rio de orgia à navegar

Em vertente libido afundou

Nos velejando à gozar!

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Cléia Fialho

BENEVOLÊNCIA DE AMAR

Gosto de escrever

 o que sinto por você

 não há explicação

 para as coisas do coração

 e porque justificar

 a benevolência de amar?

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Cléia Fialho

LABAREDAS DE PAIXÃO

Admiro você inteiro a se despir
seu olhar devasso a me oferecer
seu corpo para saciar meu prazer

cobiça impossível de aferir

minha pele fremi de amor

atea labaredas de paixão

me chamejo em seu calor

ato libidinoso de emoção

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Cléia Fialho

SABOR DO PECADO

Que sabor tem o pecado?

O doce do teu corpo amado

O gosto dos beijos teus

Que misturados com os meus

Compõe um manjar apetitoso!

Que sabor tem o pecado?

O sal do teu corpo suado

Tem paladar sedutor

Convite atraente para o amor

Servido nu e delicioso!

Que sabor tem o pecado?

Depois do banho tomado

Ainda com o corpo molhado

Há no ar uma harmonia

Da gostosa fantasia

De ter à ti me entregado.

Este é o sabor do pecado

Não é pedaço de mal caminho

E se isto for errado

Se andar no caminho é fatal

Já estamos condenados

Por este pecado consensual!

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Cléia Fialho

ALIMENTO COM FERMENTO

Quanta loucura, quando antecipa a fome

Anseio desesperado, precisa de alimento

As vezes nem lembra sequer seu nome

Só não esquece do seu pecíolo fermento!

Quanto descontrole, quando a fome vem

Fica em tresloucada apoquentação

Uma volúpia hercúlea que já não retem

Seivoso, varonil, descomunal tesão!

Quanto desiquilíbrio, com a fome a chegar

Perde o controle, foge o poderio

Animália no cio, carece acasalar

Num membro com fermento, teso e macio.

Quanta libido, quando a fome a toma

Fica em devaneio, comportamento aluado

Carne trêmula, sedutora axioma

Á espera do pene afermentado!

Quanto delírio, quando encontra sua caça

Então saciada, a loba acalma e descansa

No fogaréu impudico, agora só há fumaça

E no colo do levedo, se aninha e se amansa.

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Cléia Fialho