PREENCHIDA PELA SAFADEZA

Gostoso ver a malícia

 em seu olhar

 delicioso sentir a sacanagem 

em seus beijos

 prazeroso ser preenchida 

pela safadeza

 por toda luxúria 

que há em seu corpo.

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Cléia Fialho

EM MOVIMENTOS CONTÍNUOS

Não se preocupe em me decifrar

 tão somente feche seus olhos

 e fiques a imaginar

 o meu corpo ininteligível

 onde situam-se

 cordilheiras perigosas

 montanhas sinuosas

 Venha desprovido de freios

 em sua língua e em suas mãos

 para que assim possas

 escorregar suavemente

 deslocar-se em movimentos contínuos

 sobre minhas superfícies

 Entrelaçado em meus quadris

 numa coreográfica sensual

 compassando todo querer

 instante oportuno de sobejos

 libido melíflua agradável

 que ateia... conflagra... esbraseia

 e por fim dá-se em formas de cachoeiras

 derramando jatos...

 Saídas impetuosas de fluxos

 em pontos culminantes

 que provém da posse

 dos prazeres sentidos

 vertente de luxúrias

 ápice final... vértice total.

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Cléia Fialho

ONDE A TRISTEZA SE ESCONDE

E quando a tristeza se instala no coração
Ela molda a empatia, cria uma conexão
Pois todos conhecemos esse sombrio lugar
Onde a tristeza se esconde, pronta para aflorar.

Com o tempo, a tristeza se transforma em arte
Um quadro de lembranças, uma canção à parte
Ela nos lembra que somos humanos e vulneráveis
E que na escuridão também existem detalhes.

Assim, abraço a tristeza como uma amiga íntima
Ela me ensina a crescer, a ser resiliente
Pois na tristeza descubro a força que carrego
E encontro a esperança, mesmo quando estárego.

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Cléia Fialho

UM ECO DE ILUSÃO

Oh, musa bucólica, traga consolo

A este peito ferido de quimera

Em versos que acalmem o desconsolo

E apaguem a dor d'alma que espera.

Nas asas de um sonho desvanecido

A esperança se perde em voo incerto

E o coração, no peito enfraquecido

Sofre com promessas que partiram ao vento.

Em cada verso, um eco de ilusão

Em cada estrofe, um lamento sentido

As promessas que se foram, em profusão

Numa poesia que chora o que foi perdido.

Assim, nos prados da memória triste

Aguarda-se o cumprir do prometido

Na paisagem bucólica da desilusão que insiste

Sigo, poetando a dor, o coração partido.

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Cléia Fialho

ACENDE A VELA

Fogo da paixão se revela

Apaga a luz, acende a vela

Vem e me desvela...

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Cléia Fialho

FAZENDO A SUA MENTE DELIRAR

Eu estou de volta...
Psiu ... abra a porta
(do seu coração)

Do seu corpo quero o tesão,
(aquele) lembras?
Que com minhas poesias despertei...

Perdoe-me tamanha ausência
E a saudades que causei
Transloucada de indecência

Estou pior que antes
(será mesmo) possível isso?
Ah... não duvide!

Gosto de causar rebuliço
Fazendo a sua mente delirar
Destilando o meu feitiço
Nas rimas do meu versar

Apenas aguarde...

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Cléia Fialho

SABOR A DEGUSTAR

Mil delícias no olhar

Aquoso sabor a degustar

Em teu corpo velejar.

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Cléia Fialho

DELEITE

No deleite do prezaer

 êxtase se inunda
A entrega é total 

sem querer recuar
Cada desejo 

formenta e abunda.

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Cléia Fialho

DELÍRIO TOTAL

Delírio total

Eu me extravaso

Com versos em transe.

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Cléia Fialho

SEGREDOS MURMURADOS

Lábios que se tocam

Segredos murmurados

Anoitecer enluarado.

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Cléia Fialho

SEGREDOS... MISTÉRIOS... FETICHES...

Que os segredos há em minha mente?

 Quantos mistérios escondem o meu corpo?

 Quais fetiches alimentam a minha libido?

 As respostas podem serem reveladas

 na umidade maliciosa da sua língua

 e nos toque profanos das suas mãos...

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Cléia Fialho

O SOL E A LUA

Os raios do sol brilhantes

clareiam o passar dos dias

aquecendo a alma dos amantes.

Perdidas em doces alegrias

a lua no céu a iluminar

os corpos que amam-se ao anoitecer.

Alva luz que vem a convidar

A paixão que perpetue até amanhecer.

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Cléia Fialho

SEM MEDIDA

Safadeza é bem-vinda

Entrega desinibida

Desejos sem medida.

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Cléia Fialho

VOLUMAÇO

Delicia de volumaço

Gostoso é esse melaço

Desfruto cada pedaço.

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Cléia Fialho

SILÊNCIO

Tua pele macia

Crepúsculo de paixão

Silêncio ardente.

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Cléia Fialho

LÁGRIMAS DE PRAZER

Desarrume meus cabelos

 com seus dedos enredados neles

 borre o batom dos meus lábios.

 Com seus beijos molhados

 amasse as roupas do meu corpo

 arrancando-as abruptamente.

 Manche o rímel dos meus olhos

 Vertendo deles lágrimas de prazer.

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Cléia Fialho