QUANDO O AMOR ERA CHAMA

Queria apagar o rastro do teu olhar,

mas ele brilha onde o tempo não apaga.

Te amei no silêncio que vinha do mar,

como quem dança, mesmo quando chaga.

Teu nome era doce em minha pronúncia,

era o poema que eu lia sem saber.

Agora é lembrança que ainda anuncia

um toque ausente, difícil de esquecer.

O tempo levou tua voz na alvorada,

mas ainda escuto, dentro do meu peito,

a música branda do que já foi meu.

Saudade é flor que nunca foi podada,

cresce sem rumo, num jardim desfeito...

E a dor do amor que passou... não morreu.

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Cléia Fialho

TEATRO SUTIL

No teatro sutil da falsidade, muitos aplausos 

ecoam no palco da sinceridade.

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Cléia Fialho

LUZ QUE NOS HABITA

Nas entrelinhas da alma,

onde o silêncio fala mais,

vive a centelha do afeto

em gestos tão naturais.

É semente que floresce

sem alarde ou alvoroço,

que preenche a existência

com doçura e com alento.

Não tem forma, nem nome,

mas nos guia sem falhar;

é calor que acalma a dor,

é coragem pra recomeçar.

No abraço que acolhe,

no olhar que sabe escutar,

mora a essência do amor,

luz serena a pulsar.

É sorriso que desperta

a manhã de um novo dia,

mão firme que ampara

quando a estrada desafia.

É presença que não pesa,

mas que sempre faz ficar,

e na ausência deixa rastro

de ternura no ar.

No compasso da jornada,

é farol que não se apaga,

é raiz que nos sustenta

quando a alma se propaga.

Amor, doce alquimia,

nos transforma sem cessar,

é a luz que nos habita,

e nos ensina a amar.

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Cléia Fialho

NÉCTAR DO SEU CORPO

O néctar derramado 

do seu querer

são orvalhos banhando 

meus desejos

condensados e depositados 

em meu prazer.

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Cléia Fialho

DESPERTAR DO ENGANO

Tecido em silêncios,

o engano seduz,

como névoa que dança

à sombra da luz.

Promete caminhos

de brilho encantado,

mas leva os passos

ao chão desbotado.

Veste de ouro

o que é só fumaça,

e a alma, embriagada,

no sonho se abraça.

Voa o desejo

sem rumo, sem par,

a verdade se esconde

no fundo do olhar.

Mas quando a aurora

rompe o vazio,

a ilusão desfalece

no toque do frio.

E enfim, no espelho

do ser que renasce,

do peito, um conselho,

que o amor não passe.

A alma desperta,

e o véu se desfaz,

para a vida aberta,

a luz que traz paz.

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Cléia Fialho

DEUSA FELINA NO CIO

Beije-me os lábios

molhados e sedentos
São como vendavais violentos
Sinta em minha pele os arrepios
Tal como águas turvas de rios
Metamorfose de sentimentos
De uma deusa felina no cio...

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Cléia Fialho

SOU DESEJO... LIBERDADE

Antes que eu fale contigo,
antes do vento soprar,
sinta o meu peito, eu te digo,
tudo começa a pulsar.
Meu silêncio te procura,
teu nome é minha ternura,
meu corpo quer te chamar.

Tu já sabes do que sinto,
mas a chama só aumenta,
cada gesto é um recinto
que teu encanto alimenta.
Tanto a ver, tanto a tocar,
teus segredos desvendar
é missão que me sustenta.

Mostra os cantos mais profundos
onde a alma quer se abrir,
onde os sentidos fecundos
nascem só pra traduzir
meu olhar, minha emoção,
o pulsar do coração
que só sabe te seguir.

Lê meus gestos, meus suspiros,
ouve os silêncios meus,
cada toque que respiro
vem dos desejos dos céus.
Na linguagem do arrepio,
teu carinho é meu desvio
pra caminhos tão seus.

Te convido, sem demora,
a explorar minha pele,
cada verso que se aflora
feito chama que revele
meus segredos escondidos,
meus anseios contidos
que tua presença sele.

Tua boca é meu roteiro,
tua mão é direção,
navegamos por inteiro
nesse mar de sensação.
O mistério nos embala,
e a paixão nunca se cala
no compasso da emoção.

Vem fazer do tempo um ninho
nesse amor que não tem fim,
vem trilhar o meu caminho,
vem morar dentro de mim.
No teu toque sou verdade,
sou desejo, liberdade...
Sou teu mundo, enfim.

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Cléia Fialho

LOUCOS DESEJOS

Quando te conheci
tive loucos desejos
de ser alpinista
para escalar teu corpo
piloto pra derrapar
em tuas curvas
mergulhador pra mergulhar
em teus braços.
C
.
Seduz-me teus loucos desejos
teria eu te servido de cordilheira
para tua prática de alpinismo
teria eu te oferecido
minhas sinuosidades
para deslizares por entre elas
teria eu como rio aberto meus cursos
para te submergir dentro deles.
CF

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Cléia Fialho & Carlos

DELICIOSAS E POSSESSIVAS

Ao tomar meus lábios aos seus

 minha pele geme suavemente

 dos sentidos emergentes.

 Trajeto percorrido por suas mãos

 delicadas e possessivas

 e de maneira apelativa

 o meu corpo clama por você.

 A cada beijo faminto seu

 ascendendo minhas fantasias

 transpassando-me em euforias

 sinto-me consumida pela paixão.

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Cléia Fialho

DOCE PERFUME

Em meu corpo arde um lume,
feito chama que devora,
o teu nome é doce perfume
que em meus lábios se aflora.

O sangue pulsa e me toma,
feito brasa que envenena,
tua presença é a soma
da ternura mais amena.

Tua forma é obra santa,
do além, de puro encanto,
teu olhar se faz e encanta,
me refaço em teu recanto.

És jardim que me renova,
em tuas pétalas me acho,
teu amor me abre a alcova,
sou prazer no teu abraço.

Desejo-te como o vento
deseja o céu pra correr,
és meu abrigo e alento,
minha razão de viver.

Mergulho em tuas marés,

ondas calmas, tão serenas,

teu calor desfaz as rédeas

dos meus sonhos, 

das minhas penas.

Nessa dança encantada,
acaricio teu querer,
repouso a alma cansada
no teu manto de prazer.

Gira a ciranda do amor,
no compasso do sentir,
teu corpo é meu esplendor,
teu toque é meu existir.

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Cléia Fialho

NÃO ERA PROIBÍDO...

Dizem que o tempo tudo apaga
amizades vis que vieram e foram
paixões que não chegaram n'alma
só não apagou a lembrança
do amor não correspondido
fruto proibido.
.
Nem tudo o tempo apaga
muito menos a amizade que nos afaga
e a paixão que se esconde no coração
rouba a calma d'alma
pelo amor não correspondido
a virgem flor não era proibída
seu afeto sigiloso e escondido
permitiu ter só uma amiga
que de nada sabia
e poderia ter sido 

tua escrava de orgias!

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Cléia Fialho & Carlos

CUIDADO TERNO

Quero um amor sereno,
que o vento não desfaz,
nos gestos mais pequenos,
se mostra e vive em paz.

É chama que não grita,
mas arde devagar,
com força que acredita
no tempo de amar.

Não é paixão que voa,
de fogo sem raiz,
mas algo que perdoa
e busca ser feliz.

É no cuidado terno,
na calma do viver,
que o amor puro e eterno
se aprende a florescer.

Permanece no frio,
na dor ou na alegria,
é firme como um rio
que canta todo dia.

Entrega que é respeito,
carinho e lealdade,
é o que faz do peito
abrigo de verdade.

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Cléia Fialho

VOCÊ ME PERTENCE...

Caminhando pela rua me deparei com você um capitão do exército com cara de safado.
O descrevi em meu pensamento moreno corpo perfeito e tudo ali na minha frente te olhei com cara de tarada.
Você percebeu e chegou bem perto de mim e falou encosta na parede..
Na hora gelei...

Mas fiz o que me mandou meio que com medo Você me revistou mas de uma forma meio que diferente.
Suas mãos passavam com muita calma,como se quisesse definir todo meu corpo e foi me apalpando...
Foi quando você ,e algemou e me jogou no carro...

Tremi gelei, ele disse que teria que fazer uma averiguação mais detalhada...
Entramos num apartamento eu nem sabia onde estava, rodamos horas dentro do carro...
Entramos só senti quando ele me jogou na cama e tirou as algemas de mim...

Prendeu minhas mãos na soleira da cama....
Rasgou a minha blusa e começou a passar aquele cavanhaque em meu corpo...
Sua cara de safado seu jeito de trado ele me beijava me lambia me chupava e dizia: "Está vendo como estou fazendo um averiguação total..."
Ele tirou sua camisa delirei com seu corpo ele dançava na minha frente...

Ele passou a mão no meu corpo e viu que ainda estava de calça...
E a abriu e foi a tirando lentamente eu ia ficando cada vez mas excitada.
Ele a tirou junto com minha calcinha estava totalmente nua....

Ele foi acariciando meu corpo e beijava cada vez mas rápido quando chegou entre meio as minhas pernas as deixou meia entre abertas e foi acariciando-a com cuidado e me excitando cada vez mais.

Quando não resistindo mas foi lambendo minha barriga e foi até chegar a minha virilha.
Eu me contorcia eu dizia para parar estava algemada e não poderia me defender eu gritava eu gemia...
Quando ele disse agora você vai sentir uma coisa muito diferente..

Ele começou a me chupar com um gelo eu me contorcia e pedia baixinho socorro, num gesto inútil.
Comecei a me contorcer quando me dei por vencida ele me soltou e disse agora sou todo seu...

Me coloquei de pé e num gesto de devaneio tentei fugir...
Ele me segurou e falou, sou seu.
Me deixei levar e arranquei sua calça e comecei a chupá-lo com uma voracidade incrível e ele com aquela cara de safado me dizia para não parar e eu não parava....

Foi quando e ele me derrubou na cama e com muita violência começou a me penetrar eu gritava dizia que doía mas ele não parava era um misto de dor e de prazer como eu nunca tinha sentido...

De repente ele me puxa me põe de quatro puxa o meu cabelo e diz:"Agora sim você me pertence...."
Transamos como dois animais por horas...
E foi assim toda vez que quero ser presa eu ligo para ele e peço uma sessão de tortura sexual....

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Cléia Fialho

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AMOR EM COMBATE

Nos corpos, campo aceso,

de guerra e de emoção,

a paixão que não tem peso

inflama o coração.

Sussurros, suor e dança,

num toque que não se atrasa,

o querer ganha esperança,

na pele que se entrelaça.

Sem pressa, sem fronteira,

se entrega o ser voraz,

numa entrega verdadeira

onde o amor é sempre paz.

Desejos se confrontando,

sem dor, sem ferida ou dano,

é batalha se encantando

no calor de um gesto humano.

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Cléia Fialho

GOSTOSO CLÍMAX

Minhas mãos traiçoeiras 

Deslizam...Deslizam...

Sorrateiramente...

Ardentemente...

Intensamente...

Explosivamente!

Por toda sua nudez

Provocante e bela

De doce ninfa sedutora!

Ardes em chamas

Quando deslizo

Dedos ágeis e precisos

Em suas curvas pecadoras

Até quando formos

Juntos,minha amada imortal!

Chegarmos ao gostoso

Clímax final

O prazer total.

 .

Ah, meu doce amado

me chamas de ninfa sedutora

mas a culpabilidade é sua

és astucioso e sensual

com suas fortes mãos ousadas

me induzes ao pecado gostoso

te ofereço meu corpo sem reservas

para que nele você se sirva

se farte e encontre

todo teu sustento libidinoso

e assim chegarmos juntinhos

ao ápice final

da nossa paixão imortal.

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Cléia Fialho & Imortal

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NOITES SERENAS

Como chama acesa no campo

és o brilho que corta o véu

do silêncio das noites serenas.

Crias os gestos nas sombras suaves

onde o anseio se encontra.

Espalhas a linguagem secreta do afeto

nas doces carícias do vento.

Desmontas o mapa das palavras

na efêmera imortalidade da luz.

És a alma livre, borboleta

que incendeia a terra dos versos,

acendendo o encantamento.

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Cléia Fialho