Na fronteira entre o caos e a razão
A loucura dança em turva emoção
Risos ecoam num tom singular
Num mundo estranho a se revelar.
Feito labirinto em sombras e luz
A mente vaga, se perde e seduz
Palavras soltas, sem direção
Criam um véu de transformação.
Sonhos quebrados num espelho vão
O real se apaga, se torna ilusão
Nas trilhas vagas do desconhecido
O mundo é nada... e tudo é vivido.
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Cléia Fialho
Linda interação do Amigo Poeta Clip
Em teus pensamentos poéticos, gostas de dar cambalhotas no fio invisível que une o possível ao impossível, o caos e a razão, nessa névoa incerta em que nos submerges com eles, onde os ecos sussurram meias verdades, a existência se dobra como um pergaminho antigo, borrando os contornos do tangível.
O tempo não avança mais, mas gira sobre si mesmo, preso na sinfonia de um presente que nunca termina.
As palavras, suas, flutuam em direção a um destino que as acolhe, suas sílabas são esses pássaros errantes, que cruzam a noite sem lua, desenhando significados e os sons dessas sílabas são as pontes para o inominável.
Os olhos tropeçam em seus reflexos, o conhecido se disfarça de estranho e o estranho de familiar, o vazio murmura promessas e o "todo" se decompõe em partículas de esquecimento.
Loucura é outro nome para verdade. Sem dúvida, ler você é uma terapia para tirar do papel.
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