Nas sombras do desamor, a noite se estende,
Um vazio profundo, um coração que se rende,
Cada palavra que se perde, estrela que se apaga,
No território frio, a alma vagueia e se arrasta.
Como um jardim murchando sob o sol inclemente,
O desamor é a ferida, a dor que se sente,
Promessas desfeitas, sonhos quebrados no ar,
No labirinto dessa dor, perdidos a caminhar.
Silêncios cortantes como vidro, entre dois olhares,
É a tempestade que desfaz os laços, os lares,
Fragmentos de sentimentos espalhados ao vento,
É ai que encontramos um mundo cinzento.
As lágrimas são poços, o lamento uma canção,
O desamor é o inverno da alma, sem direção,
Em cada toque vazio, em cada abraço gelado,
Nessa maré, o coração é um barco naufragado.
Mas mesmo nas sombras, há espaço para renascer,
O desamor é uma lição, difícil de entender,
Através da dor, encontramos força para seguir,
Nasce a resiliência, o florescer de um novo sentir.
E assim, do desamor, podemos aprender e crescer,
Revertendo lágrimas em pérolas de sabedoria a colher,
No fim do túnel sombrio, uma luz começa a brilhar,
E então, nós emergimos, prontos para recomeçar.
❦
Cléia Fialho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
🐾 Sinta-se à vontade para INTERAGIR com o que você está lendo agora, terei o maior prazer de colocar SUA POESIA junto à minha minha, e assim abrilhantar mais o blog.🐾
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾