Nas sombras do desamor, um vazio a habitar,
Corações outrora unidos, agora a se afastar,
Palavras que antes eram doces como mel,
Agora se tornam facas, cortando a pele a fel.
No silêncio pesado, ecoam as lembranças,
Dos momentos compartilhados, das esperanças,
Desamor é um inverno que congela os sentimentos,
Transformando afeto em memórias e lamentos.
Olhares que um dia se encontraram com ternura,
Agora se desviam, perdendo a candura,
Promessas quebradas como cristais frágeis,
É um vento que sopra a fagulha do que é incapaz.
Mas mesmo nas ruínas do que foi outrora amor,
Há espaço para a cura, para renascer da dor,
Desamor pode ser um ponto de partida,
Para encontrar a si mesmo, nma jornada revivida.
Pois no desamor, mesmo que a dor seja intensa,
Aprendemos lições profundas, a crescer na imensa,
Escola da vida, onde as feridas se transformam,
Em sabedoria e força, à medida que as lágrimas formam.
Assim, ergo a cabeça diante do desamor,
Como uma fênix renascendo, buscando o ardor,
Das lições que ele traz, das histórias vividas,
E encontro força para reconstruir a vida.
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Cléia Fialho
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