Olhares que se encontravam, adeus, sai
O afeto que florescia... agora se esvai
O desamor é um silêncio que grita n'alma
Canção desafinada, uma ferida, um trauma.
Olhos que antes brilhavam com paixão ardente
Agora refletem o desgaste, o amor se faz ausente
Cada palavra que se perde, cada toque esquecido
Desamor é um eco triste, um sentimento ferido.
Aquele olhar nos olhos já não é encontro
A distância entre nós é um abismo e pronto
Corações que uma vez dançaram em sintonia
Agora seguem ritmos diferentes, melodia vazia.
Mas da escuridão, uma lição emerge, um alinho
O desamor pode machucar, mas também ensina
A força de partir, de encontrar o próprio caminho
No final das contas... é a alma que se ilumina.
Assim, ergo-me das cinzas desse desamor
Como a fênix renascida, mais forte com louvor
Ciclos encerram, mas novos horizontes surgirão
Na jornada da vida, um novo amor encontrarei então.
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Cléia Fialho
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